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Presidente da Hungria e ministra da Justiça renunciam aos cargos em meio a escândalo de pedofilia
Presidente da Hungria e ministra da Justiça renunciam aos cargos em meio a escândalo de pedofilia
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A presidente da Hungria, Katalin Éva Novák, renunciou neste sábado (10), após admitir que cometeu um erro ao conceder um perdão presidencial a um homem... 10.02.2024, Sputnik Brasil
2024-02-10T14:17-0300
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Nos últimos dias, o país eclodiu em indignação com a descoberta que, antes da visita do papa em abril de 2023, a presidente Novák concedeu um perdão presidencial ao ex-vice-diretor de um orfanato estatal.O homem foi condenado a mais de três anos de prisão em 2018 por ajudar a encobrir os crimes do diretor da instituição, que foi condenado a oito anos por abusar de pelo menos dez crianças entre 2004 e 2016.Desde então, a população e os partidos da oposição pedem pela renúncia de Novák. Na sexta-feira (9), inúmeros manifestantes se reuniram em frente ao Palácio Sándor, em Budapeste, sede da presidência, exigindo sua renúncia."Hoje dirijo-me a você pela última vez como chefe de Estado. Estou renunciando ao cargo de presidente da República", disse Novák no canal de TV M1.Novák é a primeira presidente mulher do país e uma aliada próxima do primeiro-ministro, Viktor Orbán. Ambos integram a fileira do Fidesz, o maior partido do país. Na quinta-feira, Orbán apresentou uma nova lei que proíbe os indultos presidenciais aos condenados por crimes contra crianças, uma clara reação às ações de Novák.Ministra da Justiça também renunciaA ministra da Justiça, Judit Varga, também anunciou que está renunciando ao seu mandato parlamentar e que deve abandonar a carreira política. Varga também assinou o perdão presidencial para o ex-vice-diretor do orfanato, que pressionou as vítimas do diretor a retirarem as acusações.Varga estava alinhada para liderar o partido Fidesz nas eleições ao Parlamento Europeu, marcadas para ocorrer entre 6 e 9 de junho deste ano. A ex-ministra explicou que, para o indulto ter efeito, além da assinatura da presidente era preciso também que a ministra assinasse."Assumo a responsabilidade política pela assinatura da decisão da presidente. Estou abandonando a vida política, renunciando ao meu mandato parlamentar e à liderança da lista [do partido nas eleições] ao Parlamento Europeu", disse Varga em seu perfil no Facebook (plataforma proibida na Rússia por extremismo).
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Presidente da Hungria e ministra da Justiça renunciam aos cargos em meio a escândalo de pedofilia
14:17 10.02.2024 (atualizado: 15:43 10.02.2024) A presidente da Hungria, Katalin Éva Novák, renunciou neste sábado (10), após admitir que cometeu um erro ao conceder um perdão presidencial a um homem envolvido em um caso de pedofilia.
Nos últimos dias, o país eclodiu em indignação com a descoberta que, antes da visita do papa em abril de 2023, a presidente Novák concedeu um perdão presidencial ao ex-vice-diretor de um orfanato estatal.
O homem foi condenado a mais de três anos de prisão em 2018 por ajudar a encobrir os crimes do diretor da instituição, que foi condenado a oito anos por abusar de pelo menos dez crianças entre 2004 e 2016.
Desde então,
a população e os partidos da oposição pedem pela renúncia de Novák. Na sexta-feira (9), inúmeros manifestantes se reuniram em frente ao
Palácio Sándor, em Budapeste, sede da presidência, exigindo sua renúncia.
"Hoje dirijo-me a você
pela última vez como chefe de Estado. Estou renunciando
ao cargo de presidente da República", disse Novák no canal de TV M1.
Novák é a primeira presidente mulher do país e uma
aliada próxima do primeiro-ministro,
Viktor Orbán. Ambos integram a fileira do
Fidesz, o maior partido do país.
Na quinta-feira, Orbán apresentou uma nova lei que proíbe os indultos presidenciais aos condenados por crimes contra crianças, uma clara reação às ações de Novák.
Ministra da Justiça também renuncia
A ministra da Justiça, Judit Varga, também anunciou que está renunciando ao seu mandato parlamentar e que deve abandonar a carreira política. Varga também assinou o perdão presidencial para o ex-vice-diretor do orfanato, que pressionou as vítimas do diretor a retirarem as acusações.
Varga estava alinhada para liderar o partido Fidesz nas eleições ao Parlamento Europeu, marcadas para ocorrer entre 6 e 9 de junho deste ano. A ex-ministra explicou que, para o indulto ter efeito, além da assinatura da presidente era preciso também que a ministra assinasse.
"Assumo a responsabilidade política pela assinatura da decisão da presidente. Estou abandonando a vida política, renunciando ao meu mandato parlamentar e à liderança da lista [do partido nas eleições] ao Parlamento Europeu", disse Varga em seu perfil no Facebook (plataforma proibida na Rússia por extremismo).