- Sputnik Brasil, 1920
Notícias do Brasil
Notícias sobre política, economia e sociedade do Brasil. Entrevistas e análises de especialistas sobre assuntos que importam ao país.

Líder do governo no Senado diz que expressou discordância a Lula sobre declaração polêmica

© Foto / Agência Senado / Geraldo MagelaSenador Jaques Wagner (PT-BA) conduz reunião no Senado, 25 de maio de 2022
Senador Jaques Wagner (PT-BA) conduz reunião no Senado, 25 de maio de 2022 
 - Sputnik Brasil, 1920, 21.02.2024
Nos siga no
O senador e líder do governo no Senado, Jaques Wagner (BA), compartilhou nesta terça-feira (20) detalhes de uma conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual expressou sua discordância em relação à comparação feita por ele entre a guerra na Faixa de Gaza e o Holocausto.
Wagner, um dos aliados mais próximos de Lula, destacou que considerou inadequado o uso do Holocausto em comparações, especialmente considerando suas próprias raízes judaicas. Ainda assim, ele ressaltou que não tiraria "uma palavra" do que foi dito.
Lula fez a comparação durante viagem oficial à Etiópia, onde criticou os ataques de Israel em Gaza.

"Ao presidente Lula, eu disse: 'Não tiro uma palavra do que vossa excelência disse, a não ser o final, que, na minha opinião, não se traz à baila o episódio do Holocausto para nenhuma comparação, porque fere sentimentos, inclusive meus, de familiares perdidos naquele episódio'."

A declaração de Lula gerou forte reação do governo de Israel, que exigiu uma retratação do presidente brasileiro. O chanceler israelense, Israel Katz, considerou as palavras de Lula "promíscuas" e "delirantes", pedindo um pedido de desculpas imediato.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, chega para uma mesa redonda em uma cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas, 26 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 20.02.2024
Panorama internacional
Hungria se opõe e fica de fora do apelo da União Europeia por cessar-fogo em Gaza
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, criticou a resposta de Israel, classificando-a como "insólita" e "revoltante".
Vieira destacou que a postura israelense de distorcer declarações e recorrer à linguagem ofensiva é inaceitável em relações diplomáticas entre países amigos.
"Uma chancelaria dirigir-se dessa forma a um chefe de Estado, de um país amigo, o presidente Lula, é algo insólito e revoltante. Uma chancelaria recorrer sistematicamente à distorção de declarações e a mentiras é ofensivo e grave", afirmou Vieira.
O governo brasileiro também refutou as alegações de que Lula estaria negando o Holocausto, rejeitando veementemente tais acusações como "mentirosas".
Em declarações às agências de notícias internacionais Reuters e Bloomberg, Vieira destacou que a conduta de Katz é uma tentativa de distorcer as posições do Brasil para fins políticos internos.
Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала