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'Insignificante e simbólica': agências humanitárias criticam ajuda enviada pelos EUA à Faixa de Gaza

© AP Photo / Mohammed HajjarAjuda humanitária é lançada pelos Estados Unidos na Cidade de Gaza. Faixa de Gaza, 2 de março de 2024
Ajuda humanitária é lançada pelos Estados Unidos na Cidade de Gaza. Faixa de Gaza, 2 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 02.03.2024
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Washington enviou, por via aérea, uma remessa de ajuda humanitária ao enclave. Organizações afirmaram que o envio é abaixo do necessário e que os EUA deveriam pressionar Israel para permitir a entrada de comboios por vias terrestres.
Organizações de ajuda humanitária classificaram como ineficaz e simbólico o envio de alimentos lançados por aviões militares de carga dos Estados Unidos, neste sábado (2), à Faixa de Gaza.
A operação foi realizada por aviões C-130 americanos, com assistência da Força Aérea da Jordânia, e consistiu apenas no envio de alimentos ao enclave, sem incluir água.
"O lançamento aéreo de hoje foi bem-sucedido. É um teste importante para mostrar que podemos fazer isso novamente nos próximos dias e semanas com sucesso", disse um alto funcionário do governo dos EUA.
O Comando Central dos EUA afirmou que foram lançadas mais de 38 mil refeições ao longo da costa da Faixa de Gaza, e disse que esta é a primeira de uma série de envios de ajuda humanitária. A escolha pelo lançamento aéreo foi tomada diante do bloqueio israelense ao envio de ajuda humanitária ao enclave por vias terrestres.
Sergei Lavrov, ministro das relações Exteriores da Rússia, durante encontro com seu homólogo do Bahrein, Abdullatif bin Rashid Al Zayani (fora da foto), no Palácio Al-Qudaibiya, Manama. Bahrein, 31 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.03.2024
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Organizações de ajuda humanitária, no entanto, advertem que a ajuda de Washington é ineficiente e afirmam que se trata apenas de uma medida de relações públicas.
"Os lançamentos aéreos [dos EUA] são simbólicos e concebidos de forma a apaziguar a base doméstica. Na verdade, o que precisa acontecer é mais envios terrestres e mais caminhões entrando todos os dias [no enclave]", afirmou, em entrevista à rede Al Jazeera, Dave Harden, ex-diretor da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) na Cisjordânia.
"Acho que os Estados Unidos são fracos [no envio de ajuda] e isso é realmente decepcionante para mim. Os EUA têm a capacidade de obrigar Israel a conceder mais ajuda e, ao não o fazer isso, estamos colocando os nossos bens e o nosso povo em risco e potencialmente criando mais caos em Gaza", acrescentou.
A instituição Medical Aid for Palestinians (MAP), sediada no Reino Unido, também criticou a operação de Washington, e afirmou que os EUA deveriam trabalhar para "garantir que Israel abra, imediatamente, todas as vias terrestres para Gaza para passagem de ajuda humanitária".
O diretor da Oxfam, por sua vez, afirmou, em uma postagem publicada nas redes sociais, que as ações da gestão do presidente dos EUA, Joe Biden, são uma tentativa de aplacar a consciência culpada das autoridades americanas.

"Embora os palestinos em Gaza tenham sido empurrados para uma situação de limite absoluto, lançar uma quantidade insignificante e simbólica de ajuda em Gaza, sem nenhum plano para a sua distribuição segura, não ajuda [a solucionar o problema] e é profundamente degradante para os palestinos", disse Scott Paul, em comunicado na rede social X (antigo Twitter).

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