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Especialista: UE 'não tem como' substituir financiamento dos EUA à Ucrânia sem prejudicar economia

© AP Photo / Matthias RietschelNotas de euro sobre uma mesa no balcão de um banco em Dresden, Alemanha, 22 de junho de 2009
Notas de euro sobre uma mesa no balcão de um banco em Dresden, Alemanha, 22 de junho de 2009 - Sputnik Brasil, 1920, 22.03.2024
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Na quarta-feira (20), o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, visitou a Ucrânia, dizendo estar confiante de que os EUA vão aprovar os cerca de US$ 61 bilhões em ajuda à Ucrânia, parados no Congresso desde outubro, enfatizando que não há necessidade de "falar hoje sobre plano B".
A União Europeia (UE) já iniciou planos de contingência para garantir ajuda militar à Ucrânia. Na terça-feira (19), o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, propôs um plano para enviar os juros acumulados sobre ativos russos congelados para a Ucrânia, estimando que isso pudesse fornecer ao regime de Kiev cerca de € 3 bilhões (aproximadamente R$ 16,1 bilhões) por ano, muito longe dos cerca de US$ 113 bilhões (cerca de R$ 562,3 bilhões) que os EUA têm desde o início da operação militar especial.
"A única forma de a Europa poder compensar [a falta de ajuda dos EUA à Ucrânia] necessária para apoiar o regime de Kiev é roubar todos os ativos congelados da Rússia, possivelmente afundando o euro e destruindo a reputação da UE como um lugar respeitável para armazenar reservas monetárias para transações", disse Mark Sleboda, especialista em segurança e relações internacionais, à Sputnik na quinta-feira (21). "E eles são muito relutantes em fazer isso, especialmente a Bélgica e a Suíça, onde está armazenada a maior parte dos ativos congelados da Rússia, no valor de cerca de US$ 200 bilhões [cerca de R$ 995,2 bilhões]."
Fora dessa "opção nuclear", Sleboda disse que o único outro caminho para a Europa colocaria "um dreno muito mais severo" nos seus orçamentos e economias nacionais.
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"A menos que todos os europeus estejam dispostos a renunciar aos seus benefícios sociais e outras vantagens na [qualidade de] vida na União Europeia a que se habituaram, para apoiar este regime em Kiev, simplesmente não há forma", explicou Sleboda, observando que os recentes € 50 bilhões (aproximadamente R$ 269 bilhões) em pacote de ajuda aprovado pela UE está distribuído por quatro anos.
Sobre o plano de enviar os juros acumulados sobre os ativos congelados da Rússia para a Ucrânia, que a Rússia descreve como "roubo", Sleboda disse duvidar da justificativa legal de Borrell. "Eles basicamente agitaram uma varinha mágica e disseram 'é legal'", disse.
"Você sempre pode encontrar um advogado [que defenda, mas] 100 dos advogados mais respeitáveis podem dizer que 'isso é contra o direito internacional, isso é contra todos os princípios do capitalismo que alguma vez construímos em Bretton Woods', mas há sempre um tipo que [se você] disser 'ei, se dermos a você US$ 10 [R$ 49,76], você dirá que isso é legal?', 'É legal.'"
A Rússia, argumentou Sleboda, está "no comando" do conflito. "O seu complexo militar-industrial está produzindo [o equivalente] a toda a OTAN reunida nos principais tipos de munições [...]. O regime de Kiev também está sofrendo enormes perdas de mão de obra neste momento em que eles não parecem ser capazes de substituir, e depois o problema econômico. O dinheiro de que necessitam para apoiar o governo, muito menos os militares, porque – economicamente – o regime neste momento também depende inteiramente do dinheiro dos Estados-membros da OTAN", concluiu.
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