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EUA enviaram mísseis de longo alcance secretamente à Ucrânia, confirma fonte do Pentágono à Sputnik

© AFP 2023 / Mandel NganO presidente dos EUA, Joe Biden (em primeiro plano), e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, saem do Salão Oval da Casa Branca, em 25 de maio de 2023
O presidente dos EUA, Joe Biden (em primeiro plano), e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, saem do Salão Oval da Casa Branca, em 25 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 24.04.2024
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Joe Biden ordenou à sua equipe de Segurança Nacional que enviasse sistemas de Mísseis Táticos de Longo Alcance (ATACMS) para a Ucrânia em um pacote anunciado em março. O equipamento chegou este mês, confirmou uma fonte do Pentágono à agência Sputnik.
Na semana passada, os Estados Unidos enviaram secretamente um novo sistema de mísseis de longo alcance para a Ucrânia.

"Sim, posso confirmar que os EUA forneceram à Ucrânia ATACMS de longo alcance sob a direção do presidente", disse a fonte, acrescentando que "ele [Biden] ordenou discretamente à sua equipe de Segurança Nacional que enviasse ATACMS à Ucrânia para uso dentro do território soberano ucraniano em fevereiro. Eles fizeram parte do pacote de ajuda militar que anunciamos em 12 de março, e esses mísseis chegaram à Ucrânia este mês", afirmou a fonte à agência.

O jornal The New York Times também confirmou o envio, dizendo que as forças ucranianas já utilizaram o equipamento duas vezes, mesmo que nenhuma autoridade tenha comentado sobre o assunto.
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De acordo com a mídia, em uma grande mudança política em fevereiro, Biden aprovou secretamente a decisão de enviar mais de 100 mísseis de longo alcance, bem como mais variantes de munições cluster.
Na reunião em que definiu o envio, envolvidos na discussão, estavam o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, o secretário de Estado, Antony Blinken, e o presidente do Estado-Maior Conjunto, Charles Quinton Brown Junior, relatou a agência Reuters.
Os mísseis enviados fizeram parte de um carregamento de armas de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) anunciado para Kiev em março: "Funcionários do governo mantiveram o carregamento em segredo para evitar avisar a Rússia", relatou o jornal.
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O Kremlin, através do porta-voz presidencial Dmitry Peskov, disse hoje (24) que a Rússia expandiria ainda mais sua zona-tampão na Ucrânia se Kiev recebesse esse tipo de armamento.
Ao mesmo tempo, o porta-voz afirmou que a situação no campo de batalha "é muito clara" e todos os novos envios de armas "não mudarão a dinâmica na linha de frente".
Mísseis adicionais de longo alcance também foram incluídos na ajuda de US$ 60,8 bilhões (R$ 313 bilhões) à Ucrânia, que faz parte da legislação assinada por Biden nesta quarta-feira (24).
Ao elogiar a infusão de assistência militar, incluindo os novos mísseis, os legisladores e o presidente Vladimir Zelensky não fizeram qualquer menção ao fato de Kiev já ter recebido e utilizado um pequeno número de armas, ressalta a mídia.
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De acordo com Yan Gagin, conselheiro do chefe da República Popular de Donetsk (RPD), o fornecimento ATACMS pelos Estados Unidos não mudará a situação, já que as forças russas têm experiência na destruição de quase todos os mísseis da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
"Nossa defesa aérea já encontrou esses alvos. Há experiência bem-sucedida na destruição de mísseis ATACMS. Mas é improvável que eles mudem seriamente a situação na frente, eles foram destruídos com sucesso antes […]. Direi ainda mais: nossas forças de defesa aérea já ganharam experiência na destruição de praticamente todos os mísseis da OTAN", complementou Gagin.
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