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Musk adverte a Austrália contra 'controle de toda a Internet' em meio à disputa de censura a vídeos

© AP Photo / John RaouxElon Musk em entrevista coletiva após um voo de teste do foguete Falcon 9, em Cabo Canaveral, na Flórida. EUA, 28 de agosto de 2020
Elon Musk em entrevista coletiva após um voo de teste do foguete Falcon 9, em Cabo Canaveral, na Flórida. EUA, 28 de agosto de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 24.04.2024
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Elon Musk deixou claro que não vai cumprir a ordem da Austrália de remover do X (anteriormente Twitter) um vídeo de um ataque terrorista contra um clérigo de Sydney.
O executivo do X denunciou anteriormente que um vídeo de um ataque com faca a um bispo ortodoxo havia sido censurado na Austrália, com Camberra ameaçando a rede social com uma multa diária de US$ 510.000 (R$ 2,6 milhões) devido à relutância da empresa em remover completamente a filmagem.

"Nossa preocupação é que se qualquer país tiver permissão para censurar conteúdo para todos os países, que é o que o 'comissário de segurança eletrônica' australiano está exigindo, então o que impedirá qualquer país de controlar toda a Internet?", provocou o bilionário da tecnologia em uma postagem em sua conta no X.

O CEO da Tesla e da SpaceX acrescentou que o X "já censurou o conteúdo em questão para a Austrália, aguardando recurso legal, e está armazenado apenas em servidores" nos EUA.
Os comentários de Musk ocorreram depois que o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese criticou o proprietário do X chamando-o de "bilionário arrogante que pensa que está acima da lei, mas também acima da decência comum".
Em declarações à emissora ABC, Albanese acrescentou que "a ideia de que alguém iria a tribunal pelo direito de colocar conteúdo violento em uma plataforma mostra o quão fora de alcance o sr. Musk está".
Isso ocorreu após a Comissão de Segurança Eletrônica da Austrália pedir que o X removesse completamente o vídeo de sua plataforma para todos os usuários, em vez de apenas bloquear a filmagem no sexto maior país do mundo.

De acordo com a comissária de segurança eletrônica da Austrália, Julie Inman Grant, "cada minuto conta, e quanto mais esse conteúdo estiver lá, mais ele será compartilhado de novo, mais a velocidade e a viralidade continuarão e precisamos conter isso".

No vídeo, o bispo Mar Mari Emmanuel, da Igreja Ortodoxa Assíria, é visto sendo esfaqueado durante um culto nos subúrbios de Sydney, que estava sendo transmitido ao vivo no dia 15 de abril. O ataque não fatal, que as autoridades consideraram ter sido um ato terrorista motivado por suspeita de extremismo religioso, rapidamente obteve múltiplas visualizações on-line e teria levado a protestos perto da cena do crime.
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