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Biden assina projeto de lei que proíbe importações de urânio da Rússia pelos EUA

© AP Photo / Josh ReynoldsJoe Biden, presidente dos EUA, discursa durante evento em Goffstown. New Hampshire, EUA, 11 de março de 2024
Joe Biden, presidente dos EUA, discursa durante evento em Goffstown. New Hampshire, EUA, 11 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 13.05.2024
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O presidente Joe Biden assinou nesta segunda-feira (13) um projeto de lei que proíbe as importações de urânio da Rússia pelos Estados Unidos, informou a Casa Branca em comunicado à imprensa.

"Na segunda-feira, 13 de maio de 2024, o presidente sancionou a Lei H.R. 1042 de Proibição da Importação de Urânio da Rússia, que impede a importação de urânio não irradiado e de baixo enriquecimento produzido na Federação da Rússia ou por uma entidade russa", disse o comunicado.

No entanto, a legislação permite exceções, caso os EUA determinem que não existe nenhuma fonte alternativa viável de urânio pouco enriquecido para sustentar a operação contínua de um reator nuclear ou de uma companhia de energia nuclear dos Estados Unidos.
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Também há exceções se for determinado que a importação de urânio é de interesse nacional. Qualquer isenção emitida pelo Departamento de Energia dos EUA deve terminar até 1º de janeiro de 2028, enquanto a proibição expira em 31 de dezembro de 2040.
A principal empresa de combustível nuclear dos EUA, a Centrus, disse que vai pedir isenção, por ser necessária para continuar a fornecer esse material estratégico aos clientes e para garantir os interesses de toda a indústria nuclear norte-americana.
Em dezembro de 2023, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei semelhante para introduzir a proibição à importação de urânio pouco enriquecido de origem russa, que permanecerá em vigor até 2040.
Atualmente, a energia nuclear representa 20% da geração de energia do país, enquanto o fornecimento de urânio da Rússia representa cerca de 20% desta geração. A companhia nuclear estatal russa Rosatom fornece urânio enriquecido, usado como matéria-prima de combustível, para mais de 90 reatores comerciais nos EUA, sendo o maior fornecedor estrangeiro do país, de acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos.
A Rosatom declarou em várias ocasiões que cumpre integralmente todas as obrigações com os seus clientes estrangeiros e que a situação política não deve desestabilizar o funcionamento do mercado de combustíveis nucleares.
Os preços do urânio no mercado mundial aumentaram acentuadamente depois que os EUA anunciaram as suas intenções.
A Rússia controla atualmente quase 50% da capacidade global de enriquecimento de urânio. Os números oficiais norte-americanos mostram que Washington importou US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 5,9 bilhões) em urânio enriquecido da Rússia em 2023, um recorde histórico.
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