Borrell: UE pode lutar para financiar sozinha a Ucrânia se a posição dos EUA mudar após as eleições
07:05 14.05.2024 (atualizado: 09:37 14.05.2024)
© AP Photo / Frederic SierakowskiJosep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia, fala durante conferência de mídia no âmbito do diálogo Sérvia-Kosovo em Bruxelas, Bélgica, 2 de maio de 2023
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Será "muito difícil" para a União Europeia (UE) continuar fornecendo ajuda à Ucrânia sozinha, caso os Estados Unidos mudem as suas prioridades de segurança após as eleições presidenciais de novembro, disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, nesta terça-feira (14).
"Nós [a UE] temos uma forte preocupação sobre [se] os EUA continuarão com as mesmas prioridades de segurança, dependendo de quem irá para a Casa Branca. Isso vai afetar todo o mundo e, em particular, a nós. E estamos olhando para o que vai acontecer nos EUA porque certamente [para nós], europeus, será muito difícil continuar a fornecer o apoio que a Ucrânia necessita para continuar a sua luta", disse Borrell na segunda-feira (13) durante um discurso na Hoover Institution da Universidade de Stanford em São Francisco.
Borrell vai visitar a Califórnia de 12 a 16 de maio com o objetivo de reforçar a cooperação transatlântica UE-EUA nas esferas da tecnologia e da inovação.
As eleições presidenciais dos EUA estão marcadas para 5 de novembro. Os principais candidatos esperados nas urnas são o atual presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu antecessor Donald Trump, que obtiveram votos de delegados suficientes para serem os presumíveis candidatos dos respectivos partidos Democrata e Republicano.
Os países ocidentais têm fornecido ajuda militar e financeira maciça a Kiev desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022. O Kremlin tem alertado consistentemente contra a continuação do fornecimento de armas a Kiev, dizendo que isso levaria a uma nova escalada do conflito. Em abril de 2022, a Rússia enviou uma nota diplomática a todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre a questão do fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia se tornaria um alvo legítimo para a Rússia.
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