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Enchentes no Rio Grande do Sul já provocaram prejuízos superiores a R$ 11 bilhões

© Foto / Ricardo Stuckert / PRVista aérea de região no Rio Grande do Sul alagada por tempestades iniciadas em abril de 2024
Vista aérea de região no Rio Grande do Sul alagada por tempestades iniciadas em abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 07.06.2024
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A maior tragédia climática já registrada na história do Rio Grande do Sul provocou um prejuízo de pelo menos R$ 11,4 bilhões, aponta balanço divulgado nesta sexta-feira (7) pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Na comparação com o último levantamento, o valor aumentou em R$ 400 milhões.
Os dados foram enviados pelas prefeituras ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e ainda são contabilizados à medida que as águas recuam em todo o estado gaúcho. Mais de 4 milhões de pessoas foram afetadas pelos temporais, que ainda provocaram 172 mortes e 445 desaparecimentos.
O setor habitacional é o mais impactado no estado e registrou prejuízos financeiros de R$ 4,2 bilhões, com mais de 110 mil residências destruídas ou danificadas pelas enchentes. Na sequência aparecem o setor privado (indústria, comércio, serviços e agro), que registrou R$ 4,2 bilhões em danos, e o setor público, com outros R$ 2,5 bilhões. Nesse último foi R$ 1,7 bilhão de perdas financeiras em infraestrutura e pelo menos R$ 431 milhões em unidades como escolas e hospitais.
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Agropecuária é o setor privado com mais prejuízos

De acordo com o levantamento da CNM, a agropecuária registrou um prejuízo de quase R$ 3,7 bilhões, o maior entre o setor privado. O maior montante é o da agricultura (R$ 3,4 bilhões), seguido pelo da pecuária (R$ 293,5 milhões). Já a indústria registrou perdas de R$ 267 milhões e o comércio teve prejuízo de R$ 131 milhões.
Na última quinta (6), o governo federal anunciou um programa de manutenção de empregos que vai pagar dois meses de salário mínimo a trabalhadores com carteira assinada do estado. A expectativa é que 430.253 trabalhadores que vivem em áreas afetadas diretamente pelas enchentes no estado, que começaram no fim de abril, sejam beneficiados. O anúncio foi feito pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante visita ao Vale do Taquari, uma das áreas mais atingidas pelos temporais.
Entre os beneficiários do programa temporário, a maior parte é de trabalhadores em regime CLT (326.086), seguidos de trabalhadores domésticos (40.363), estagiários (36.584) e pescadores artesanais (27.220). Em contrapartida, as empresas devem manter os empregos durante quatro meses.
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