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EUA e Japão trocaram silêncio sobre ataques mútuos, incluindo Hiroshima, diz autoridade russa

© AP Photo / Stanley TroutmanA cidade de Nagasaki, no Japão, destruída por uma bomba atômica lançada no dia 9 de agosto de 1945, em 13 de agosto de 1945
A cidade de Nagasaki, no Japão, destruída por uma bomba atômica lançada no dia 9 de agosto de 1945, em 13 de agosto de 1945 - Sputnik Brasil, 1920, 02.09.2024
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O assessor do presidente russo e presidente do Colégio Marítimo da Rússia, Nikolai Patrushev, disse que os EUA e Japão trocaram silêncio sobre os ataques um ao outro na Segunda Guerra Mundial, em favor dos laços de aliança.
Segundo ele, o Japão não fala sobre os bombardeios atômicos dos EUA em Hiroshima e Nagasaki em 1945, enquanto os EUA mantêm silêncio sobre o ataque japonês a Pearl Harbour em 1941, por causa do interesse na aliança militar.
Como Patrushev observou em uma entrevista ao jornal Rossiyskaya Gazeta, após o fim da Segunda Guerra Mundial, Washington impôs aos japoneses a ideia de que somente a tutela total dos EUA poderia garantir sua segurança.
O tratado de aliança entre os Estados Unidos e o Japão sobre o apoio dos EUA em caso de ameaça à integridade territorial e à soberania ainda está no centro de todas as relações entre os EUA e o Japão atualmente, acrescentou o assessor presidencial russo.
Ele ressaltou que o interesse mútuo dos dois países em uma aliança militar se reflete em sua atitude em relação ao passado histórico comum.
"O Japão mantém silêncio sobre os crimes dos Estados Unidos, o único no mundo a ter usado armas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, enquanto os norte-americanos tentam não levantar o tópico da destruição da Frota do Pacífico dos EUA em Pearl Harbour pelo Japão", disse Patrushev.
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Segundo ele, os Estados Unidos tornaram o Japão em um "porta-aviões inafundável", inundado as próprias ilhas de bases militares para controlar a região da Ásia-Pacífico. Ele disse que, de fato, o país virou uma seção oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Enquanto isso, o povo japonês recorda e honra seu passado, disse Patrushev.

"Por exemplo, o santuário xintoísta Yasukuni canoniza os guerreiros que 'deram suas vidas pelo Imperador', inclusive durante a Segunda Guerra Mundial. Quatorze oficiais de alto escalão do Japão militarista, executados como criminosos de guerra pelo Tribunal Internacional de Tóquio, são especialmente homenageados", destacou.

Patrushev afirmou que Washington está se esforçando para fortalecer as Forças de Autodefesa do Japão como parte da formação do modelo de segurança global centrado nos EUA.
Tóquio, de acordo com ele, todos os anos têm aumentado o financiamento e o equipamento técnico do Exército e da Marinha. O governo japonês agora permite que os navios façam viagens de longa distância e participem de exercícios com os EUA e OTAN.
Além disso, o assessor do presidente enfatiza o fato de que alguns políticos japoneses defendem uma legislação que daria o direito às suas Forças de Autodefesa de realizar ataques, inclusive preventivos, contra instalações militares no exterior.
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