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Israel é acusado de publicar anúncios falsos no Google para bloquear doações à UNRWA

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Google (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 02.09.2024
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Vários países ocidentais suspenderam o financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês) depois de Israel ter publicado anúncios falsos no Google para bloquear doações e tentar descredibilizar a agência, informou a mídia norte-americana.
No ano passado, depois da guerra que Israel lançou contra o Hamas, a UNRWA conseguiu angariar mais de US$ 32 milhões (R$ 179,73 milhões) para esforços humanitários, relata o diretor da agência, Philippe Lazzarini.
Segundo informações destacadas pela Wired, o governo israelense direciona os usuários para um site diferente, alegando que a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) não declarou se empregar membros do Hamas viola ou não sua neutralidade e que a agência não investiga suas instalações em busca de abusos cometidos por extremistas, algo que a agência rechaçou firmemente.
Quase ao mesmo tempo em que Mara Kronenfeld, diretora-executiva da UNRWA, descobriu o anúncio, Israel acusou 12 funcionários da agência de terem participado no ataque do ano passado, em 7 de outubro, executado pelo Hamas.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio emprega 30 mil pessoas no total, tornando-se o segundo maior empregador em Gaza, depois do Hamas.
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Como resultado das acusações, vários países ocidentais suspenderam o financiamento à UNRWA. A ONU declarou no início de agosto que demitiu funcionários da agência depois que uma investigação interna descobriu que eles poderiam estar envolvidos no ataque.
Ao todo, a agência despediu 13 funcionários este ano, incluindo nove que um órgão de supervisão determinou que podem estar envolvidos no ataque. Após a decisão, todos os países doadores, exceto os Estados Unidos, retomaram o financiamento à agência.
Entretanto, a reportagem conta que a UNRWA "exige independência dos interesses militares" e acrescenta que uma revisão externa encontrou "evidências de inspeções de instalações", sendo essas verificações realizadas com frequência.

"Há uma campanha incrivelmente poderosa para desmantelar a UNRWA", observou Kronenfeld. "Quero que o público saiba o que está acontecendo e a natureza insidiosa disso, especialmente em um momento em que vidas civis estão sob ataque em Gaza."

Lazzarini, por sua vez, publicou na rede social X (antigo Twitter) que os anúncios difamatórios feitos por Israel continuam a ser usados como "arma de guerra".
A reportagem destacou que vários ex-funcionários e atuais do Google falaram com a mídia norte-americana e afirmaram que a campanha contra a UNRWA é apenas uma das várias campanhas publicitárias que Israel desenvolveu nos últimos meses que atraíram críticas tanto dentro como fora da empresa. No final de agosto, os anúncios difamatórios ainda estavam no Google, revelou outra reportagem.
Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês), discursa em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas na sede da ONU em Nova York, EUA, 17 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 13.05.2024
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De acordo com a revista Wired, entre maio e julho, quando os internautas pesquisaram 300 termos relacionados à agência, os anúncios de Israel apareceram 44% das vezes, em comparação com os anúncios da própria UNRWA, que apareceram apenas 34% das vezes.
A UNRWA foi criada em 1949, apenas um ano após a "Nakba" (catástrofe, em árabe) devido à Guerra Árabe-Israelense de 1948, em que 750 mil palestinos foram forçados a abandonar suas casas, criando uma crise de refugiados ainda não resolvida. Os apoiadores da agência alegaram que Israel não quer que a agência preserve o estatuto de refugiado dos palestinos, porque isso lhes daria melhor oportunidade de um dia recuperar as terras ocupadas.
A agência fornece cuidados de saúde, educação e ajuda humanitária aos palestinos em Gaza, na Cisjordânia, na Jordânia, na Síria e no Líbano.
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