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MP denuncia 7 por esquema de 'rachadinha' no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro

© Foto / Renan Olaz / CMRJCarlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, durante sessão na Câmara Municipal
Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, durante sessão na Câmara Municipal - Sputnik Brasil, 1920, 12.09.2024
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou nesta quarta-feira (11), sete pessoas, entre elas funcionários e ex-funcionários da Câmara Municipal do Rio de Janeiro por esquema de corrupção que teria ocorrido no gabinete do vereador Carlos Nantes Bolsonaro, entre os anos de 2005 e 2021.
De acordo com a denúncia, o grupo organizou uma "rede criminosa dentro do Poder Legislativo Municipal" do Rio de Janeiro. Todos os envolvidos foram nomeados para cargos de assessoria no gabinete de Carlos Bolsonaro durante o período investigado.
O esquema teria resultado em um desvio de pelo menos R$ 1,7 milhão. O caso segue agora para apreciação na 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, onde os acusados terão a oportunidade de apresentar suas defesas.
Segundo a Promotoria de Justiça, o então chefe de gabinete do vereador, Jorge Fernandes, seria o líder da quadrilha e teria criado um esquema de "rachadinha", prática na qual parte dos salários dos assessores é desviada para o líder do esquema.
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De acordo com o MPRJ, o denunciado Jorge Fernandes, utilizando sua influência e proximidade com a família Bolsonaro, conseguiu a nomeação dos demais acusados, que repassavam parte de seus vencimentos a ele.
O MPRJ concluiu que não há indícios suficientes para sustentar a acusação de prática criminosa contra o vereador Carlos Bolsonaro no suposto esquema de rachadinha em seu gabinete.
De acordo com o documento, a decisão de arquivar o Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi baseada na falta de provas que indiquem movimentações financeiras irregulares para as contas do parlamentar ou pagamentos relacionados.
Carlos Bolsonaro é vereador do Rio de Janeiro desde 2001 e está em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio. Ele foi apontado pelo ex-braço-direito de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, como chefe do chamado gabinete do ódio, uma estrutura paralela montada no Palácio do Planalto para atacar adversários e instituições.
Ele também é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi alvo de investigação da PF em janeiro sobre instrumentalização da Abin para a realização de espionagem ilegal durante o governo Bolsonaro.
Ainda segundo a apuração, além das suspeitas relacionadas ao vereador, as investigações da PF indicam que a Abin teria sido usada para beneficiar outros dois filhos do ex-presidente, Flávio e Jair Renan. O vereador nega a acusação.
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