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Europa enfrentará grandes mudanças a despeito dos resultados da eleição nos EUA, diz historiador

© AP Photo / Virginia MayoUm trabalhador ajusta as bandeiras dos EUA e da UE antes da chegada do chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, e do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante a reunião ministerial do Conselho de Energia UE-EUA no prédio do Conselho Europeu em Bruxelas, 4 de abril de 2023
Um trabalhador ajusta as bandeiras dos EUA e da UE antes da chegada do chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, e do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante a reunião ministerial do Conselho de Energia UE-EUA no prédio do Conselho Europeu em Bruxelas, 4 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 05.11.2024
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Independentemente do resultado da eleição presidencial dos EUA, a Casa Branca vai cortar a ajuda à Ucrânia, o que vai levar a mudanças drásticas nas instituições europeias, afetar a liderança da União Europeia (UE) e políticos da Europa, acredita Gilbert Doctorow, historiador norte-americano e especialista nas relações da Rússia com a UE e os EUA.
Hoje (5), os cidadãos norte-americanos estão decidindo quem dos principais candidatos vai tomar o cargo do presidente dos EUA: o republicano Donald Trump, conhecido por sua postura pacificadora em relação da crise ucraniana, ou a democrata Kamala Harris, que pretende continuar a política atual de Washington.
Em sua entrevista à Sputnik, Doctorow disse que, mesmo que Harris vença a eleição, os políticos europeus vão entender que o tempo terá acabado para a Ucrânia.

"A ajuda dos EUA para a Ucrânia também vai estar sendo eliminada gradualmente no governo Harris, embora não tão rapidamente, mas ainda de forma definitiva, já que o Congresso não está pronto para votar novas dotações para Kiev", disse.

Segundo ele, é muito pouco provável que os democratas predominem em todas as câmaras do Congresso dos EUA e continuem assim a alocar mais dinheiro para Kiev.
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A partir daqui, a estrutura atual das instituições da União Europeia, que depende de enormes contribuições financeiras dos EUA para prolongar sua política na Ucrânia, "se desfará como um baralho de cartas".
Doctorow não descartou que a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que professa um estilo "autoritário" de governo e "usurpou poderes" que não possui de acordo com a Constituição Europeia, seja forçada a deixar seu cargo ou perder parte de seu poder.

"Acredito que na Europa há uma expectativa generalizada da vitória de Trump e, como consequência, um rápido término da ajuda financeira e militar à Ucrânia, a fim de forçar Kiev a reconhecer o óbvio: ela perdeu a guerra para a Rússia, é hora de parar de lutar, salvar o que ainda é possível do país, salvar a vida das pessoas."

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O especialista também acredita que as mudanças ocorrerão não apenas no nível pan-europeu, mas também em um nível nacional.
O especialista tem certeza de que o chanceler Olaf Scholz, no caso de vitória de Trump, se puder ficar sentado em sua cadeira até as eleições nacionais no outono de 2025, provavelmente vai deixar seu cargo depois delas.
Ao mesmo tempo, o presidente francês Emmanuel Macron já está enfrentando a ameaça de impeachment, sendo um político altamente impopular em seu país.
A eleição presidencial dos EUA ocorre em meio à total incerteza sobre quem será o vencedor.
Se em 2020 Joe Biden, que estava liderando as pesquisas de opinião, venceu, não há um líder claro na eleição atual.
A diferença de apoio entre Trump e Harris é insignificante em média e está dentro da margem de erro estatística.
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