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'Pedacinho do Nordeste em São Paulo': imigrantes mantêm cultura nordestina na capital paulista
'Pedacinho do Nordeste em São Paulo': imigrantes mantêm cultura nordestina na capital paulista
Sputnik Brasil
O Centro de Tradições Nordestinas (CTN), localizado na Zona Norte de São Paulo, é um ponto de encontro da cultura nordestina na maior metrópole do país. 27.11.2024, Sputnik Brasil
2024-11-27T15:04-0300
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Inaugurado em 1991, o CTN se tornou local para nordestinos que vivem em São Paulo e também para os paulistanos interessados em conhecer e vivenciar as tradições da região brasileira.Com área de 27 mil metros quadrados, o centro oferece apresentações de forró, repentistas e quadrilhas juninas, além de shows com grandes nomes da música brasileira, como os que se apresentaram durante o Festival Nordestino deste ano.Erom Bezerra, de 40 anos, é gerente de um dos restaurantes do centro. Filho de pai potiguar e mãe alagoana, ele diz carregar no sangue a paixão pela culinária nordestina.Há quatro anos ele assumiu a operação do restaurante, especializado em baião de dois.Morador de São Paulo, ele organiza a rotina do restaurante, que abre de quarta a domingo, das 12h00 às 17h00, com horários estendidos aos sábados e domingos, "até fechar"."É bem corrido", diz, comentando que durante eventos especiais é impossível calcular quantas pessoas vão ao restaurante.Vicente Nonato, de 71 anos, é quase uma instituição dentro do CTN. Natural de Tauá, no sertão do Ceará, ele tem cinco décadas dedicadas à culinária e é conhecido por seu famoso "Super Baião", um prato que combina carne de sol com picanha, mandioca e outros ingredientes "secretos".Aos sábados e domingos, o movimento no restaurante que Vicente lidera é tão intenso que forma fila de espera.Não é para menos: sua equipe, de 42 pessoas, atende a uma demanda que chega a 400 kg de carne de sol por final de semana.Vicente se orgulha de ter começado no CTN em 1991 e ajudado a consolidar o local como um símbolo da cultura nordestina em São Paulo. Para ele, a essência do sucesso é simples: produto bom e dedicação, ainda que ele afirme existir receitas secretas em seu estabelecimento.Quantos nordestinos vivem em SP?A migração nordestina para São Paulo não tem números exatos. Ela teve início antes do século XIX e se intensificou entre 1930 e 1970, impulsionada pela industrialização paulista e pelas desigualdades regionais.Durante esse período, a população nordestina na capital multiplicou-se significativamente e foi essencial para a expansão urbana, política, científica, social e cultural da maior metrópole do país, apesar dos desafios sociais existentes.
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'Pedacinho do Nordeste em São Paulo': imigrantes mantêm cultura nordestina na capital paulista
15:04 27.11.2024 (atualizado: 18:05 27.11.2024) Especiais
O Centro de Tradições Nordestinas (CTN), localizado na Zona Norte de São Paulo, é um ponto de encontro da cultura nordestina na maior metrópole do país.
Inaugurado em 1991, o CTN se tornou local para nordestinos que
vivem em São Paulo e também para os paulistanos interessados em
conhecer e vivenciar as tradições da região brasileira.
Com área de 27 mil metros quadrados, o centro oferece apresentações de forró, repentistas e quadrilhas juninas, além de shows com grandes nomes da música brasileira, como os que se apresentaram durante o Festival Nordestino deste ano.
Erom Bezerra, de 40 anos, é gerente de um dos restaurantes do centro. Filho de pai potiguar e mãe alagoana, ele diz carregar no sangue a paixão pela culinária nordestina.
Há quatro anos ele assumiu a operação do restaurante, especializado em baião de dois.
Morador de São Paulo, ele organiza a rotina do restaurante, que abre de quarta a domingo, das 12h00 às 17h00, com horários estendidos aos sábados e domingos, "até fechar".
"É bem corrido", diz, comentando que durante eventos especiais é impossível calcular quantas pessoas vão ao restaurante.
Vicente Nonato, de 71 anos, é quase uma instituição dentro do CTN. Natural de Tauá, no sertão do Ceará, ele tem cinco
décadas dedicadas à culinária e é conhecido por seu famoso
"Super Baião", um prato que combina carne de sol com picanha, mandioca e outros ingredientes
"secretos".
Aos sábados e domingos, o movimento no restaurante que Vicente lidera é tão intenso que forma fila de espera.
Não é para menos: sua equipe, de 42 pessoas, atende a uma demanda que chega a 400 kg de carne de sol por final de semana.
"Meus mestres são Deus, o fogão, a boa vontade e a curiosidade de criar algo prático."
Vicente se orgulha de ter começado no CTN em 1991 e ajudado a consolidar o local como um símbolo da cultura nordestina em São Paulo. Para ele, a essência do sucesso é simples: produto bom e dedicação, ainda que ele afirme existir receitas secretas em seu estabelecimento.
Quantos nordestinos vivem em SP?
A migração nordestina para São Paulo não tem números exatos. Ela teve início antes do século XIX e se intensificou entre 1930 e 1970, impulsionada pela industrialização paulista e pelas desigualdades regionais.
Durante esse período,
a população nordestina na capital multiplicou-se significativamente e foi essencial para a expansão urbana, política,
científica, social e cultural da maior metrópole do país, apesar dos desafios sociais existentes.
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