Taiwan relata aumento na frota de navios de guerra chineses nas imediações da ilha
© AP Photo / Chiang Ying-yingBandeira de Taiwan tremula perto do prédio Taipé 101 no Salão Memorial Nacional Dr. Sun Yat-Sen em Taipé, Taiwan, 7 de maio de 2023
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Neste domingo (8), o Ministério da Defesa de Taiwan disse que a China quase dobrou o número de seus navios de guerra operando ao redor da ilha nas últimas 24 horas.
Segundo o relatório do Ministério da Defesa de Taiwan, neste domingo, foi registrado um aumento nas atividades militares chinesas ao redor da ilha. Nas últimas 24 horas, foram avistados 14 navios de guerra da China continental operando próximo à ilha.
Fontes que falaram à Reuters sob condição de anonimato acreditam que as visitas do líder administrativo de Taipé, Lai Ching-te, ao Havaí e ao território norte-americano de Guam como parte de uma viagem pelo Pacífico, podem ter irritado Pequim a ponto de estar se preparando para lançar mais exercícios militares no entorno da ilha.
Para além disso, o ministério taiwanês relatou quatro balões chineses voando sobre o estreito de Taiwan tornando o clima na região tenso, já que este pode ser o prenúncio para novos jogos de guerra envolvendo a ilha.
Em suas redes, o Ministério da Defesa da China afirmou que os esforços de Lai para "usar armas para buscar a independência" e se aproximar dos Estados Unidos estavam fadados ao fracasso, já que a China compreende Taiwan como inalienável de seu território e que a reunificação é apenas uma questão de tempo.
O governo de Taiwan está fazendo uma "falsa demonstração de poder" enquanto o governo dos EUA está "agindo em conluio com gangsters e chacais" para apoiar Taiwan, diz a postagem da Defesa chinesa.
Em mais de uma ocasião, a China já reiterou pedidos para que nenhum Estado ou organização ou indivíduo fortaleça laços com Taiwan contrariando sua visão política de Uma Só China, e que esta é definitivamente uma das linhas vermelhas que não se deve cruzar para manter relações amigáveis com Pequim.
Embora a administração taiwanesa não se reconheça como pertencente à China continental, Pequim já afirmou que a reunificação vai acontecer, a forma como ela deve ocorrer, no entanto, depende das decisões tomadas por seu governo e pela liderança administrativa da ilha.