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Por que EUA cortam fornecimento de mísseis Javelin a Kiev?
Por que EUA cortam fornecimento de mísseis Javelin a Kiev?
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De acordo com a última auditoria do Pentágono, os EUA reduziram significativamente as entregas de mísseis antitanque Javelin para a Ucrânia devido a... 16.12.2024, Sputnik Brasil
2024-12-16T11:48-0300
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A auditoria constatou que 67% das armas e equipamentos transferidos para a Ucrânia não foram devidamente rastreados. Isto causou a necessidade de repensar os volumes da ajuda militar. Desde o início da operação militar especial da Rússia em fevereiro de 2022, os EUA estavam apoiando a Ucrânia ativamente, tendo a quantidade de Javelins prometidos ultrapassado 8.500 em agosto de 2022.Inventariação incorretaO mais recente relatório de auditoria, publicado pelo inspetor-geral do Pentágono na semana passada, esclareceu melhor o quão caótico era o envio de armas para a Ucrânia nos primeiros dias da operação militar especial.Ao mesmo tempo, o número concreto de armas transferidas é ocultado como informação confidencial.Acredita-se que as armas fornecidas podiam ter sido perdidas, destruídas ou usadas pelas forças ucranianas sem a devida contabilização.Em comparação com o relatório anterior de janeiro, o último relatório de auditoria reconheceu uma melhoria no primeiro trimestre de 2024, quando o número de mísseis Javelin sem informações de inventário se reduzido em 80%.Queda depois de 2022De acordo com o último relatório de auditoria do Pentágono, o número de mísseis antitanque Javelin entregues à Ucrânia caiu drasticamente após 31 de março de 2023. O Pentágono planejou originalmente comprar 650 mísseis Javelin no ano fiscal de 2022, porém as compras reais aumentaram para 7.722 mísseis, dos quais 6.286 foram entregues ao Exército dos EUA, 1.005 ao Corpo de Fuzileiros Navais, 418 a compradores estrangeiros e outros 13 foram doados à Marinha dos EUA.Este aumento foi ligado à necessidade de reabastecer os estoques após a transferência de mísseis para a Ucrânia, o que levou ao pedido de mais 7.072 mísseis para substituir os mísseis enviados ao Exército ucraniano.No entanto, os relatórios orçamentários de 2023 e 2024 observam que, após 2022, o ritmo de aquisição de projéteis Javelin diminuiu significativamente, com as entregas para a Ucrânia caindo em mais de 70%. O Exército dos EUA concedeu o maior contrato de fabricação destes mísseis, no valor de US$ 1,3 bilhão, à Javelin Joint Venture, que planeja aumentar a produção para 3.960 mísseis por ano até o final de 2026. A queda nas entregas também pode ser atribuída a questões contábeis identificadas e à otimização dos custos das armas.Suspeita de tráfico ilícito de armasA queda acentuada nas entregas de mísseis Javelin para a Ucrânia após 2022 pode ser devida aos problemas de inventário identificados no relatório do Pentágono, mas não está claro se esse é o principal motivo. A maior demanda da Ucrânia no campo de batalha pode ter forçado os EUA a priorizarem outros sistemas de armas, e Kiev pode ter mudado para armas antitanque mais econômicas, como drones FPV. No entanto, em 2023, surgiram relatos de que algumas das armas entregues, incluindo mísseis Javelin, podem ter ido parar nas mãos de terceiros países.Note-se que o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que as armas fornecidas à Ucrânia estavam sendo usadas contra Israel e poderiam ser usadas sem controle em outros focos de tensão. Além disso, um artigo da revista americana Newsweek citou um comandante anônimo de alto escalão das Forças de Defesa de Israel (FDI) expressando preocupação com a possível transferência de armas fornecidas pelos EUA para países terceiros, como o Irã, depois de estas armas terem sido apreendidas pela Rússia.Em outubro de 2023, o presidente dos EUA, Joe Biden, discutiu com o presidente de Angola os possíveis riscos de segurança associados ao contrabando de armas americanas da Ucrânia para a África.
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Por que EUA cortam fornecimento de mísseis Javelin a Kiev?
11:48 16.12.2024 (atualizado: 11:49 16.12.2024) De acordo com a última auditoria do Pentágono, os EUA reduziram significativamente as entregas de mísseis antitanque Javelin para a Ucrânia devido a irregularidades identificadas no inventário dessas armas.
A auditoria
constatou que
67% das armas e equipamentos transferidos para a Ucrânia não foram devidamente rastreados. Isto causou a necessidade de repensar os volumes da ajuda militar. Desde o início da operação militar especial da Rússia em fevereiro de 2022, os EUA estavam apoiando a Ucrânia ativamente, tendo a quantidade de Javelins prometidos
ultrapassado 8.500 em agosto de 2022.
O mais recente relatório de auditoria, publicado pelo inspetor-geral do Pentágono na semana passada, esclareceu melhor o quão caótico era o envio de armas para a Ucrânia nos primeiros dias da operação militar especial.
"Depois de analisar o status desses artigos de defesa no banco de dados SCIP-EUM ´[Portal de informações sobre cooperação em segurança - Monitoramento do uso final], estabelecemos ainda que 91% deles não tiveram um inventário inicial ou anual desde que foram transferidos para a Ucrânia em 2022. Mais da metade desses itens sem dados de inventário eram artigos de defesa descartáveis, incluindo mísseis Javelin e mísseis Stinger. Como esses itens nunca foram inventariados, avaliamos que as forças ucranianas provavelmente gastaram muitos deles em combate", afirma o relatório.
Ao mesmo tempo, o número concreto de armas transferidas é ocultado como informação confidencial.
"Os inventários trimestrais do Exército ucraniano no quarto trimestre de 2023 e no primeiro trimestre de 2024 confirmaram que muitos desses artigos de defesa fornecidos à Ucrânia em 2022 não estavam mais disponíveis", ressalta o relatório.
Acredita-se que as armas fornecidas podiam ter sido perdidas, destruídas ou usadas pelas forças ucranianas sem a devida contabilização.
"Como muitos dos artigos de defesa enviados à Ucrânia em 2022 nunca apareceram nos relatórios de inventário trimestrais, avaliamos que muitos desses itens provavelmente foram perdidos ou destruídos na Ucrânia ou que o pessoal das forças ucranianas os usou em 2022 ou 2023, quando a manutenção de registros de itens gastos por número de série não era um processo formal", indica o relatório.
Em comparação com o relatório anterior de janeiro, o último relatório de auditoria reconheceu uma melhoria no primeiro trimestre de 2024, quando o número de mísseis Javelin sem informações de inventário se reduzido em 80%.
De acordo com o último relatório de auditoria do Pentágono, o número de mísseis antitanque Javelin entregues à Ucrânia caiu drasticamente após 31 de março de 2023. O Pentágono planejou originalmente comprar 650 mísseis Javelin no ano fiscal de 2022, porém as compras reais aumentaram para 7.722 mísseis, dos quais 6.286 foram entregues ao Exército dos EUA, 1.005 ao Corpo de Fuzileiros Navais, 418 a compradores estrangeiros e outros 13 foram doados à Marinha dos EUA.
Este aumento foi ligado à necessidade de reabastecer os estoques após a transferência de mísseis para a Ucrânia, o que levou ao pedido de mais 7.072 mísseis para substituir os mísseis enviados ao Exército ucraniano.
No entanto, os relatórios orçamentários de 2023 e 2024 observam que, após 2022, o ritmo de aquisição de projéteis Javelin diminuiu significativamente, com as entregas para a Ucrânia caindo em mais de 70%. O Exército dos EUA concedeu o maior contrato de fabricação destes mísseis, no valor de US$ 1,3 bilhão, à Javelin Joint Venture, que planeja aumentar a produção para 3.960 mísseis por ano até o final de 2026. A queda nas entregas também pode ser atribuída a questões contábeis identificadas e à otimização dos custos das armas.
Suspeita de tráfico ilícito de armas
A queda acentuada nas entregas de mísseis Javelin para a Ucrânia após 2022 pode ser devida aos problemas de inventário identificados no relatório do Pentágono,
mas não está claro se esse é o principal motivo. A maior demanda da Ucrânia no campo de batalha pode ter forçado os EUA a priorizarem outros sistemas de armas, e Kiev pode ter mudado para armas antitanque mais econômicas, como
drones FPV. No entanto, em 2023, surgiram relatos de que algumas das armas entregues, incluindo mísseis Javelin, podem ter ido parar
nas mãos de terceiros países.
Note-se que o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que as armas fornecidas à Ucrânia estavam
sendo usadas contra Israel e poderiam ser usadas sem controle em
outros focos de tensão. Além disso, um artigo da revista americana Newsweek
citou um comandante anônimo de alto escalão das Forças de Defesa de Israel (FDI) expressando preocupação com a
possível transferência de armas fornecidas pelos EUA para países terceiros, como o Irã, depois de estas armas terem sido apreendidas pela Rússia.
Em outubro de 2023, o presidente dos EUA, Joe Biden, discutiu com o presidente de Angola os possíveis riscos de segurança associados ao contrabando de armas americanas da Ucrânia para a África.
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