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UE está esgotando mais rapidamente seus estoques de gás desde crise energética, diz mídia

© AP Photo / Michael SohnUnidade de armazenamento de gás natural liquefeito Hoegh Esperanza durante a abertura do terminal em Wilhelmshaven, Alemanha, 17 de dezembro de 2022
Unidade de armazenamento de gás natural liquefeito Hoegh Esperanza durante a abertura do terminal em Wilhelmshaven, Alemanha, 17 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 24.12.2024
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De acordo com o Financial Times (FT), a União Europeia (UE) está esvaziando suas instalações de armazenamento de gás no ritmo mais rápido desde a crise energética de 2021, na medida em que o clima frio se torna preponderante.
Nos últimos anos, temperaturas mais altas garantiram que os armazenamentos não precisassem ser tão utilizados quanto neste ano, observa o FT.

Para além disso, a Europa enfrentou mais concorrência por importações de gás natural liquefeito (GNL) de compradores asiáticos, atraídos por preços mais baixos, o que levou a uma desaceleração nas importações e à necessidade de recorrer mais às reservas armazenadas.
A última vez que os estoques de gás do continente foram esvaziados tão rápido em meados de dezembro foi em 2021, quando o bloco resolveu sancionar a Rússia unilateralmente pela operação militar especial na Ucrânia e substituir seu abastecimento barato e seguro pelo caro combustível norte-americano.
Em 75%, os níveis de armazenamento estão marginalmente acima da média dos dez anos anteriores, mas sensivelmente inferiores aos níveis de 2023, quando em dezembro, marcavam 90% de sua capacidade.
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Mídia: Catar pode interromper vendas de gás à UE se for penalizado por regras do bloco
A grande questão é que usar o armazenamento pode fazer com que seu reabastecimento seja mais oneroso em 2026. De acordo com a apuração, os comerciantes já estão negociando gás para entrega no próximo verão (Hemisfério Norte) a um preço mais alto do que para entrega no inverno seguinte, um sinal do aumento dos custos para a reposição.
Os países da UE precisam encher seu armazenamento para 90% da capacidade até o início de novembro, sob a meta de reabastecimento obrigatório imposta pela Comissão Europeia, embora alguns países tenham metas mais baixas.
É possível que alguns Estados-membros tenham dificuldades de atingir a meta uma vez que os EUA (maiores fornecedores de GNL do bloco) podem acabar ditando o volume das compras — em função de sua guerra comercial e tarifária.
Já o Catar (terceiro maior fornecedor) pode acabar tendo dificuldades de manter seu fornecimento em função da legislação de Devida Diligência Corporativa da UE que pretende penalizar as empresas — em multas de até 5% de sua receita global anual — que não cumprirem os critérios definidos sobre emissões de carbono, direitos humanos e trabalhistas.
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