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Arqueólogos revelam povoado da Idade do Bronze e reescrevem história da África Mediterrânea (FOTOS)

© Foto / University of BarcelonaArqueólogos trabalham no local da escavação
Arqueólogos trabalham no local da escavação - Sputnik Brasil, 1920, 15.03.2025
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Os arqueólogos revelaram o primeiro assentamento da Idade do Bronze na região do Magreb, no norte da África, desafiando as crenças de longa data de que a área era praticamente desabitada até a chegada dos fenícios, por volta de 800 a.C., relata o portal Arkeonews.
O portal destaca que as escavações em Kach Kouch, no noroeste do Marrocos, descobriram evidências de ocupação humana que datam de 2200 a 600 a.C., o que torna esse local o mais antigo conhecido desse período na África Mediterrânea fora do Egito.
CC BY-SA 4.0 / Antiquity/Cambridge University Press/P. Menéndez-Molist / Daub fragmentsArtefatos de pedra processados
Artefatos de pedra processados - Sputnik Brasil, 1920, 15.03.2025
Artefatos de pedra processados
Nota-se que a pesquisa se concentra no sítio de Kach Kouch, uma área de um hectare localizada a seis milhas da costa e 19 milhas (aprox. 31 quilômetros) a sudeste de Tétouan, destacando sua posição estratégica como uma ligação marítima entre o Mediterrâneo e o Atlântico.
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O estudo ressalta a importância do povoado para a compreensão dos complexos desenvolvimentos sociais e políticos no Mediterrâneo ocidental durante esses períodos históricos críticos.
Artefatos de pedra processados - Sputnik Brasil, 1920, 15.03.2025
Artefatos de pedra processados
Assim, as escavações em Kach Kouch, no Marrocos, revelaram três fases distintas de ocupação humana do local, lançando luz sobre o período pré-histórico da região:
1.
Fase mais antiga (2200-2000 a.C.): evidências esparsas sugerem atividade humana limitada durante a transição da Idade do Bronze para a Ibéria. Essa fase marca a ocupação inicial, mas carece de detalhes substanciais sobre a estrutura ou a economia do assentamento;
2.
Segunda fase (1300-900 a.C.): esse período viu o surgimento de uma comunidade agrícola estável, marcando a primeira evidência de vida sedentária no Magreb antes da influência fenícia. Artefatos como estruturas de madeira com tijolos de barro, silos cortados em rocha e pedras de moagem indicam uma economia agrícola robusta baseada em cevada, trigo e gado;
3.
Terceira fase (800-600 a.C.): a comunidade se adaptou às influências culturais do Mediterrâneo oriental, incorporando inovações culturais do leste do Mediterrâneo, incluindo cerâmica feita em rodas de oleiro e ferramentas de ferro. Essa fase reflete o envolvimento ativo nas redes de comércio do Mediterrâneo, preservando as tradições locais.
Então, finaliza o artigo, esta descoberta permite corrigir preconceitos históricos e ilustrar a participação ativa do local nos intercâmbios sociais, culturais e econômicos do Mediterrâneo, e os pesquisadores acreditam que o Kach Kouch é apenas o começo da descoberta da rica história da região.
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