https://noticiabrasil.net.br/20250317/jornalista-brasileiro-denuncia-a-sputnik-brasil-ser-alvo-de-assedio-por-parte-de-agentes-ucranianos-38857582.html
Jornalista brasileiro denuncia à Sputnik Brasil ser alvo de assédio por parte de agentes ucranianos
Jornalista brasileiro denuncia à Sputnik Brasil ser alvo de assédio por parte de agentes ucranianos
Sputnik Brasil
Eduardo Vasco afirma que autores do assédio o acusam de ser "uma espécie de propagandista de Moscou" atuando no Brasil, obtiveram seus dados pessoais e... 17.03.2025, Sputnik Brasil
2025-03-17T19:17-0300
2025-03-17T19:17-0300
2025-03-17T21:40-0300
notícias do brasil
brasil
rússia
europa
moscou
paraná
sputnik brasil
associação brasileira de imprensa (abi)
vasco
kremlin
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/09/06/24615772_0:133:3171:1916_1920x0_80_0_0_5ea66862258a67106bd25fdec51a42a0.jpg
O jornalista Eduardo Vasco, autor do livro-reportagem "O povo esquecido: uma história de genocídio e resistência no Donbass", vem denunciando ser alvo de assédio por parte de pessoas que ele aponta como agentes do regime ucraniano.Em entrevista à Sputnik Brasil, ele narra como o assédio começou, por que suspeita de que os autores sejam ucranianos e o que fez para se proteger após o episódio.Vasco conta que o assédio começou no dia 12 de março, com o contato por meio de WhatsApp de uma mulher que se identificava como "Nadia", que, pela forma de escrever o português, ele percebeu que se tratava de uma estrangeira. Ele afirma que ela começou o contato fazendo perguntas sobre seu livro.Ele conta que ela passou a enviar fotos do livro, o que considerou suspeito, uma vez que a obra física não está à venda em nenhum lugar. No mesmo dia, outro estrangeiro, identificado como Sergio Nefedov, também entrou em contato com Vasco."Também sem falar português bem, [ele] mandou mensagem para mim, mandando documento sobre o meu MEI, com o meu endereço, com o nome da minha mãe, com dados do MEI, dizendo que era uma situação muito séria. Não me falou porque era muito séria", relata.O jornalista afirma que, em sua carreira, já colaborou escrevendo para vários portais, mas que os autores do assédio tinham um interesse em particular por sua colaboração no site russo Pravda, e passaram a acusá-lo de ser um agente da Rússia no Brasil, "uma espécie de propagandista de Moscou, do Kremlin", além de questionar quem o financiava.Vasco afirma que passou a fazer perguntas e questionou Sergio sobre sua origem, levando em conta o sotaque do interlocutor.O jornalista afirma, ainda, que a suspeita de se tratarem de agentes russos também é baseada no fato de que ambos disseram fazer parte de uma organização, algo que o jornalista aponta ser comum entre agentes estrangeiros. Segundo ele, o nome da organização citada pelos estrangeiros era União do Sul, que seria do Paraná. Ele afirma que não conseguiu localizar a organização na Internet."Pode ser que [a organização] exista mesmo, mas dada a quantidade de ucranianos que existem no Paraná, e informações que já existem há certo tempo — de que os serviços de inteligência ucranianos tentam fazer um trabalho com essa comunidade —, muito provavelmente esses serviços de inteligência estejam utilizando organizações de ucranianos do Paraná ou cidadãos ucranianos do Paraná para essas atividades encobertas", afirma.Vasco conta que a primeira medida que tomou foi acionar o sindicato dos jornalistas, que o orientou a fazer uma denúncia formal na plataforma do sindicato e a fazer um boletim de ocorrência.O caso também foi repercutido pelo Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, que afirmou que também acionaria a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Ministério de Relações Exteriores e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).Questionado sobre qual foi a inspiração para escrever o livro, Vasco afirma que em 2022 era membro do Partido da Causa Operária (PCO) e que atuava como editor do site e do jornal on-line da legenda. Nessa época, foi destacado para cobrir a operação militar especial russa em Donbass com o editor responsável do jornal impresso, Rafael Dantas."Considerando que era uma ação russa das mais importantes em termos geopolíticos desde o final da Segunda Guerra Mundial, e que, na verdade, não era uma guerra entre Rússia e Ucrânia, e sim uma guerra entre Rússia e OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], que poderia, inclusive, modificar drasticamente a situação política internacional, nós achamos fundamental cobrir esse conflito, logicamente, cobrindo do lado russo. Porque aqui no Brasil, assim como no Ocidente inteiro, a imprensa toda estava cobrindo do lado ucraniano e só apresentava a versão ucraniana", afirma.Ele acrescenta que a mídia ocidental "escondia que houve um golpe de Estado em 2013 na Ucrânia, financiado pelos EUA e pela União Europeia, que teve participação de destaque de grupos nazistas".
https://noticiabrasil.net.br/20250316/russia-exigira-garantias-inabalaveis-para-a-paz-na-ucrania-diz-diplomata-russo-38853931.html
brasil
moscou
paraná
ucrânia
kiev
donbass
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/09/06/24615772_219:0:2950:2048_1920x0_80_0_0_9730ae7def1e951772d32eafd8b8219a.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
brasil, rússia, europa, moscou, paraná, sputnik brasil, associação brasileira de imprensa (abi), vasco, kremlin, assédio, operação militar especial, ucrânia, otan, kiev, donbass, exclusiva
brasil, rússia, europa, moscou, paraná, sputnik brasil, associação brasileira de imprensa (abi), vasco, kremlin, assédio, operação militar especial, ucrânia, otan, kiev, donbass, exclusiva
Jornalista brasileiro denuncia à Sputnik Brasil ser alvo de assédio por parte de agentes ucranianos
19:17 17.03.2025 (atualizado: 21:40 17.03.2025) Especiais
Eduardo Vasco afirma que autores do assédio o acusam de ser "uma espécie de propagandista de Moscou" atuando no Brasil, obtiveram seus dados pessoais e disseram que a situação é "muito séria".
O jornalista Eduardo Vasco, autor do livro-reportagem "O povo esquecido: uma história de genocídio e resistência no Donbass", vem denunciando ser alvo de assédio por parte de pessoas que ele aponta como agentes do regime ucraniano.
Em entrevista à
Sputnik Brasil, ele narra como o assédio começou, por que suspeita de que
os autores sejam ucranianos e o que fez para se proteger após o episódio.
Vasco conta que o assédio começou no dia 12 de março, com o contato por meio de WhatsApp de uma mulher que se identificava como "Nadia", que, pela forma de escrever o português, ele percebeu que se tratava de uma estrangeira. Ele afirma que ela começou o contato fazendo perguntas sobre seu livro.
"[Ela] queria fazer umas perguntas para mim sobre o meu livro e queria fazer uma ligação de vídeo comigo, insistindo em fazer essa ligação. Não disse o sobrenome, não disse como encontrou o meu número e disse que pertencia a uma fundação, sem citar o nome da fundação. E essa fundação faria pesquisas sobre desinformação, propaganda, influência em eleições dos EUA, da Europa, da China e da Rússia. A maneira como ela escreveu, eu percebi que não era brasileira", relata.
Ele conta que ela passou a enviar fotos do livro, o que considerou suspeito, uma vez que a obra física não está à venda em nenhum lugar. No mesmo dia, outro estrangeiro, identificado como Sergio Nefedov, também entrou em contato com Vasco.
"Também sem falar português bem, [ele] mandou mensagem para mim, mandando documento sobre o meu MEI, com o meu endereço, com o nome da minha mãe, com dados do MEI, dizendo que era uma situação muito séria. Não me falou porque era muito séria", relata.
O jornalista afirma que, em sua carreira, já colaborou escrevendo para vários portais, mas que os autores do assédio tinham um interesse em particular por sua colaboração no site russo Pravda, e passaram a acusá-lo de ser
um agente da Rússia no Brasil,
"uma espécie de propagandista de Moscou, do Kremlin", além de questionar quem o financiava.
Vasco afirma que passou a fazer perguntas e questionou Sergio sobre sua origem, levando em conta o sotaque do interlocutor.
"Eu também consegui identificá-los, embora possivelmente a identidade possa ser falsa, mas eu liguei para eles por telefone e, ouvindo a voz deles, percebi que realmente não haviam nascido no Brasil e possivelmente vieram para o Brasil há pouco tempo. Falam com um sotaque muito arrastado. O Sergio, que certamente é Sergei, eu perguntei: 'Você é ucraniano?'. Ele disse: 'Não, sou russo de Moscou', o que eu suspeito, porque imagino que muitos agentes ucranianos se passem por russos, tanto para se esconderem como também para culpar a Rússia pelos crimes que eles cometem."
O jornalista afirma, ainda, que a suspeita de se tratarem de agentes russos também é baseada no fato de que ambos disseram fazer parte de uma organização, algo que o jornalista aponta ser comum entre agentes estrangeiros. Segundo ele, o nome da organização citada pelos estrangeiros era União do Sul, que seria do Paraná. Ele afirma que não conseguiu localizar a organização na Internet.
"Pode ser que [a organização] exista mesmo, mas dada a quantidade de ucranianos que existem no Paraná, e informações que já existem há certo tempo — de que os serviços de inteligência ucranianos tentam fazer um trabalho com essa comunidade —, muito provavelmente esses serviços de inteligência estejam utilizando organizações de ucranianos do Paraná ou cidadãos ucranianos do Paraná para essas atividades encobertas", afirma.
Vasco conta que a primeira medida que tomou foi acionar o sindicato dos jornalistas, que o orientou a fazer uma denúncia formal na plataforma do sindicato e a fazer um boletim de ocorrência.
O caso também foi repercutido pelo Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, que afirmou que também acionaria a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Ministério de Relações Exteriores e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
"A ABI [Associação Brasileira de Imprensa] também repercutiu o caso, além de um artigo que eu escrevi estar sendo publicado em vários veículos de comunicação independentes e que, portanto, ajuda essa denúncia pública. E eu mesmo já estou percebendo que muita gente já está ciente dessa situação, o que eu acho que acaba levando esses agentes a pensarem duas vezes antes de continuarem com essas ameaças e de fazerem alguma coisa pior. Porque a última coisa que um agente de inteligência quer é ser exposto publicamente. A função dele é agir nas sombras."
Questionado sobre qual foi a inspiração para escrever o livro, Vasco afirma que em 2022 era membro do Partido da Causa Operária (PCO) e que atuava como editor do site e do jornal on-line da legenda. Nessa época, foi destacado para cobrir a
operação militar especial russa em Donbass com o editor responsável do jornal impresso, Rafael Dantas.
"Considerando que era uma ação russa das mais importantes em termos geopolíticos desde o final da Segunda Guerra Mundial, e que, na verdade, não era uma guerra entre Rússia e Ucrânia, e sim uma guerra entre Rússia e OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], que poderia, inclusive, modificar drasticamente a situação política internacional, nós achamos fundamental cobrir esse conflito, logicamente, cobrindo do lado russo. Porque aqui no Brasil, assim como no Ocidente inteiro, a imprensa toda estava cobrindo do lado ucraniano e só apresentava a versão ucraniana", afirma.
Ele acrescenta que a mídia ocidental "escondia que houve um golpe de Estado em 2013 na Ucrânia, financiado pelos EUA e pela União Europeia, que teve participação de destaque de grupos nazistas".
"Esses grupos nazistas assumiram o poder em 2014 e iniciaram uma guerra contra a região de Donbass, que decidiu se separar porque não aceitou o golpe de Estado. […] E aí nós chegamos à Rússia sem conhecer ninguém, inclusive, apenas com algumas indicações de contatos nossos conhecidos, simpatizantes do PCO, e a partir disso que a gente foi conseguindo desenrolar. Então foi um trabalho meio às cegas, sem nenhum suporte, nem mesmo da própria embaixada brasileira em Moscou", explica.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).