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O Bolshoi no Brasil é tão bom quanto o da Rússia? (VÍDEO)
O Bolshoi no Brasil é tão bom quanto o da Rússia? (VÍDEO)
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A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, localizada em Joinville (SC), carrega um nome de peso. Sendo a única filial do renomado Teatro Bolshoi de Moscou, a... 17.03.2025, Sputnik Brasil
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Segundo Maykon Goline, ex-aluno e hoje professor da escola, a resposta é sim. "O Bolshoi no Brasil segue o método Vaganova, o mesmo usado na Rússia, e tem professores que foram treinados diretamente por mestres russos", afirma.O método, criado por Agrippina Vaganova no início do século XX, combina influências italianas e francesas e é amplamente reconhecido pela forma como desenvolve a técnica e a expressividade dos bailarinos.Goline fez parte da primeira turma da filial brasileira em 2000. Ele afirma que a exigência e o rigor acadêmico são idênticos aos da matriz russa. "O balé é uma arte disciplinada. A formação aqui exige a mesma dedicação e profissionalismo que na Rússia", explica em entrevista à Sputnik Brasil.Além disso, o processo seletivo da escola é rigoroso, com testes físicos e artísticos que garantem que apenas os mais preparados ingressem na instituição.Uma diferença importante entre as duas escolas, no entanto, está na diversidade física dos alunos, segundo ele.Enquanto na Rússia o perfil dos bailarinos costuma ser mais homogêneo, no Brasil a variedade de biotipos desafia e enriquece a aplicação do método Vaganova. "A diversidade dos alunos brasileiros nos faz buscar soluções para adaptar a técnica sem perder a essência", diz Goline.Outro fator de diferenciação é o contexto cultural. No Brasil, onde a arte ainda busca mais reconhecimento e apoio financeiro, o Bolshoi tem um forte papel social, oferecendo bolsas de estudo e impactando a comunidade local. "A escola se tornou um espaço de transformação social, algo que não é tão presente na matriz russa", ressalta.Como funciona o Bolshoi Brasil?O Bolshoi do Brasil, considerado uma das maiores escolas de balé do país, é frequentemente comparado à sua unidade russa, famosa pela metodologia rigorosa e pelo prestígio internacional.Para Wagner Carvalho, solista do teatro Bolshoi da Rússia também ouvido pela reportagem, a comparação também não deixa dúvidas: a formação oferecida no Brasil é de altíssimo nível, equiparando-se ao renomado padrão russo.Segundo ele, "não é fácil, exige muita dedicação". No entanto, para aqueles que têm o sonho de seguir essa carreira, o esforço compensa.Ele ressalta que a qualidade do ensino e o padrão elevados são a marca registrada do Bolshoi no Brasil, destacando a presença de um corpo pedagógico altamente capacitado, composto tanto por russos quanto por brasileiros formados em grandes escolas de balé.Apesar da comparação inevitável com o Bolshoi russo, Wagner garante que a formação no Brasil não perde em nada para a versão original. "É o mais alto nível de educação, realmente", destaca.Além disso, ele compartilha que muitos de seus colegas recém-formados no Brasil têm seguido carreiras de sucesso, trabalhando em grandes teatros ao redor do mundo, mostrando que o ensino do Bolshoi brasileiro é um trampolim para a carreira internacional.Wagner, que já está há oito anos em Kazan, na Rússia, se adaptou rapidamente ao novo país, sempre com o objetivo claro de trabalhar no Bolshoi russo, algo que ele reconhece como marco em sua trajetória profissional. "Trabalhei muito duro para chegar aqui", afirma, "e o resto é consequência do trabalho árduo", completa.
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O Bolshoi no Brasil é tão bom quanto o da Rússia? (VÍDEO)
21:00 17.03.2025 (atualizado: 22:45 17.03.2025) Especiais
A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, localizada em Joinville (SC), carrega um nome de peso. Sendo a única filial do renomado Teatro Bolshoi de Moscou, a escola desperta o questionamento: a qualidade da formação oferecida no Brasil é comparável à da Rússia?
Segundo Maykon Goline, ex-aluno e hoje professor da escola, a resposta é sim. "O Bolshoi no Brasil segue o método Vaganova, o mesmo usado na Rússia, e tem professores que foram treinados diretamente por mestres russos", afirma.
O método, criado por
Agrippina Vaganova no início do século XX, combina influências italianas e francesas e é amplamente reconhecido pela forma como
desenvolve a técnica e a expressividade dos bailarinos.
Goline fez parte da primeira turma da filial brasileira em 2000. Ele afirma que a exigência e o rigor acadêmico são idênticos aos da matriz russa. "
O balé é uma arte disciplinada. A formação aqui exige a mesma dedicação e profissionalismo que na Rússia", explica em entrevista à Sputnik Brasil.
Além disso, o processo seletivo da escola é rigoroso, com testes físicos e artísticos que garantem que apenas os mais preparados ingressem na instituição.
Uma diferença importante entre as duas escolas, no entanto, está na diversidade física dos alunos, segundo ele.
Enquanto na Rússia o perfil dos bailarinos costuma ser mais homogêneo, no Brasil a variedade de biotipos desafia e enriquece a aplicação do método Vaganova. "A diversidade dos alunos brasileiros nos faz buscar soluções para adaptar a técnica sem perder a essência", diz Goline.
Outro fator de diferenciação é o
contexto cultural. No Brasil, onde a arte ainda busca mais reconhecimento e apoio financeiro, o Bolshoi tem um forte papel social, oferecendo bolsas de estudo e impactando a comunidade local. "A escola se tornou um espaço de transformação social, algo que não é tão presente na matriz russa", ressalta.
Como funciona o Bolshoi Brasil?
O Bolshoi do Brasil, considerado uma das maiores escolas de balé do país, é frequentemente comparado à sua unidade russa, famosa pela metodologia rigorosa e pelo prestígio internacional.
Para Wagner Carvalho, solista do
teatro Bolshoi da Rússia também ouvido pela reportagem, a comparação também não deixa dúvidas:
a formação oferecida no Brasil é de altíssimo nível, equiparando-se ao renomado padrão russo.
Segundo ele, "não é fácil, exige muita dedicação". No entanto, para aqueles que têm o sonho de seguir essa carreira, o esforço compensa.
Ele ressalta que a qualidade do ensino e o padrão elevados são a marca registrada do Bolshoi no Brasil, destacando a presença de um corpo pedagógico altamente capacitado, composto tanto por russos quanto por brasileiros
formados em grandes escolas de balé.
"É muito raro encontrar em qualquer escola do mundo a combinação de uma estrutura tão bem equipada com apoio à saúde, alimentação, uniforme e academia", afirma.
Apesar da comparação inevitável com o Bolshoi russo, Wagner garante que a formação no Brasil não perde em nada para a versão original. "É o mais alto nível de educação, realmente", destaca.

11 de dezembro 2024, 21:20
Além disso, ele compartilha que muitos de seus colegas recém-formados no Brasil têm seguido carreiras de sucesso, trabalhando em grandes teatros ao redor do mundo, mostrando que o ensino do Bolshoi brasileiro é um trampolim para a carreira internacional.
Wagner, que já está há oito anos em Kazan, na Rússia, se adaptou rapidamente ao novo país, sempre com o objetivo claro de trabalhar no Bolshoi russo, algo que ele reconhece como marco em sua trajetória profissional. "Trabalhei muito duro para chegar aqui", afirma, "e o resto é consequência do trabalho árduo", completa.
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