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Após Colômbia entrar no banco do BRICS, deputado defende à Sputnik adesão plena ao grupo

© Foto / Presidência da República da ColômbiaGustavo Petro, presidente da Colômbia, foto de arquivo
Gustavo Petro, presidente da Colômbia, foto de arquivo - Sputnik Brasil, 1920, 19.06.2025
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A Colômbia foi oficialmente aceita como país tomador de recursos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do BRICS, marcando um passo estratégico rumo à diversificação de fontes de financiamento e à ampliação de alianças internacionais.
O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores do país e confirmado pela presidente do banco, Dilma Rousseff, durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).
A decisão foi resultado direto da visita do presidente colombiano Gustavo Petro à China, em maio, onde manifestou formalmente o interesse do país em ingressar na estrutura.
Durante encontro com o presidente Vladimir Putin às margens do SPIEF, Dilma Rousseff anunciou também anunciou a entrada do Uzbequistão e a consideração de outros dois países: Etiópia e Indonésia.
O deputado colombiano David Alejandro Toro Ramírez, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Câmara dos Representantes, defendeu à Sputnik que o país avance para a adesão plena ao BRICS.
"Temos que estar cegos para não enxergar a oportunidade de nos abrirmos a esse novo bloco. Já demos o primeiro passo. O próximo, embora dependa do presidente da República, deve ser solicitar formalmente o ingresso no BRICS", disse o parlamentar.
Vladimir Putin e Dilma Rousseff participam da cerimônia oficial de boas-vindas aos chefes das delegações na Cúpula do BRICS em Kazan. Rússia, 23 de outubro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 18.06.2025
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Para o parlamentar, a dependência excessiva da Colômbia em relação aos Estados Unidos limita o desenvolvimento nacional. "A maioria dos países aposta em relações multipolares, mas a Colômbia continua dependente de poucos atores. Não se trata de romper com os EUA, nosso principal parceiro comercial, mas sim de abrir novos espaços de negociação — e blocos como o BRICS representam isso", afirmou.
Toro Ramírez também defendeu abertamente a desdolarização da economia global, criticando o monopólio do dólar nas transações internacionais.

"Essa dependência está custando caro ao mundo. Acabamos endividados por causa de um único país que emite essa moeda. Não faz sentido ainda negociarmos petróleo em dólares, quando muitos países produtores são maiores que os EUA", argumentou.

Segundo o deputado, o dólar está se tornando uma moeda cada vez menos segura para investidores, e há uma tendência global, especialmente na Ásia, de reduzir essa dependência. "As medidas protecionistas de Trump, como tarifas, são reflexo do medo de perder esse monopólio", acrescentou.
O BRICS já responde por cerca de 40% da população mundial e 35% da economia global. Criado em 2014, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês) tem como objetivo financiar projetos sustentáveis e de infraestrutura em economias emergentes.
Já o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo acontece entre 18 e 21 de junho, com o tema "Valores comuns — base para o crescimento em um mundo multipolar". A Colômbia teve participação de destaque com delegação parlamentar e econômica no evento.

Venezuela também visa entrada

Durante o fórum, a ministra venezuelana do Poder Popular para o Comércio Exterior, Coromoto Godoy Calderón defendeu a entrada de seu país como um membro, pleno ou parceiro, do BRICS.
"Temos grandes esperanças de que em breve poderemos dizer que somos membros plenos ou associados do BRICS", disse a diplomata.
Ela também destacou que a Venezuela compartilha os princípios do BRICS e se baseia na multipolaridade nas relações internacionais.
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