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Soberania tecnológica é prioridade do Brasil durante presidência do BRICS, diz ministra à Sputnik
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Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, detalhou os planos do governo federal para a... 30.06.2025, Sputnik Brasil
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Entre as prioridades, estão a ampliação da soberania digital, o fortalecimento da cooperação Sul-Sul e o desenvolvimento de tecnologias alinhadas às realidades locais.Segundo ela, a pandemia de COVID-19 e crises como o conflito na Ucrânia expuseram a fragilidade das cadeias globais e reforçaram a importância de uma articulação regional e de investimentos em inovação.A ministra detalhou iniciativas como a criação de uma rede social federada para o BRICS — um espaço digital público para compartilhamento de ideias — e uma nuvem de armazenamento de dados própria, voltada para o compartilhamento de informações com respeito às culturas dos países-membros. "Toda inovação e grande revolução tecnológica, se concentrada na mão de alguns poucos, […] acaba levando a uma maior desigualdade."Entre os projetos destacados está também "o programa de embaixadores do supercomputador Santos Dumont", voltado a conectar instituições do BRICS em pesquisas conjuntas. Localizado em Petrópolis (RJ), o equipamento é considerado o mais potente da América Latina para pesquisa acadêmica. A ministra também citou o estudo de viabilidade de um cabo submarino para transferência de dados científicos e educacionais como um dos destaques da presidência brasileira no grupo.Fundo recuperado e integração industrialLuciana afirmou que um dos principais legados do atual governo foi a recomposição integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que teve os recursos contingenciados até 2026 durante o governo anterior. "No primeiro ano foram R$ 10 bilhões [no fundo]; no segundo ano, R$ 12,7 bilhões; este ano agora está em R$ 14,7 bilhões de investimentos."Segundo a ministra, os recursos estão integrados à Nova Indústria Brasil (NIB) e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em áreas como transformação digital, energia, saneamento e bioeconomia. "Depois de mais de dez anos, o crescimento brasileiro foi puxado pela indústria de transformação, revelando que a gente está no caminho certo."Cooperação espacial com China e BRICSA cooperação internacional também avança na área espacial. Luciana destacou a importância da parceria com a China no desenvolvimento do programa CBERS, de sensoriamento remoto, e anunciou a criação de uma constelação virtual de satélites entre os países do BRICS."A cooperação espacial no BRICS é extremamente estratégica para o Brasil, pois permite a redução das assimetrias tecnológicas entre os países-membros." Segundo ela, os países do agrupamento já compartilham dados para resposta a desastres ambientais, como vazamentos de óleo ou catástrofes naturais, e discutem a criação de um Conselho Espacial do BRICS, com governança estruturada.Energia nuclear e novos membrosSobre o setor nuclear, Luciana destacou o interesse do Brasil em aprofundar parcerias com a Rússia, especialmente na área de pequenos reatores nucleares. "Essa relação no setor nuclear não é nova, mas é claro que queremos aprofundá-la.""Importamos da Rússia a maior parte dos radioisótopos de que necessitamos para a produção nacional de radiofármacos", disse a ministra, acrescentando que o Brasil quer aprofundar a cooperação em pequenos reatores nucleares com base tecnológica brasileira.Com a ampliação do BRICS e a entrada de novos países, o ministério busca incluir os novos membros nas iniciativas de ciência, tecnologia e inovação. O Irã, por exemplo, já sediou reuniões sobre energias renováveis. O grupo também prepara o lançamento de novas chamadas de financiamento para projetos conjuntos.Inteligência artificial com sotaque brasileiroOutro destaque da entrevista foi o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), encomendado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com previsão de investimento de R$ 23 bilhões em até cinco anos, o plano foi entregue em julho de 2024 e tem cinco eixos: infraestrutura, formação, melhoria de serviços públicos, inovação empresarial e governança.O PBIA é outra prioridade para a soberania tecnológica, buscando garantir uma IA ética, segura e adequada às realidades brasileiras. "Queremos que tenha soluções feitas por brasileiros, para brasileiros, e considerando nossas particularidades sociais, culturais e econômicas."
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Soberania tecnológica é prioridade do Brasil durante presidência do BRICS, diz ministra à Sputnik
16:40 30.06.2025 (atualizado: 08:24 02.07.2025) Especiais
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, detalhou os planos do governo federal para a presidência brasileira do BRICS em 2025 e destacou o papel estratégico da ciência e da tecnologia na inserção internacional do país.
Entre as prioridades, estão a ampliação da soberania digital, o
fortalecimento da cooperação Sul-Sul e o desenvolvimento de tecnologias alinhadas às realidades locais.
"As nossas prioridades são o reforço na cooperação do Sul Global e essa retomada que o presidente Lula tem feito, da reinserção do Brasil no mundo, ainda mais depois que nós atravessamos, e estamos ainda, múltiplas crises e um mundo em transição, inclusive para um mundo multipolar", afirmou a ministra.
Segundo ela, a pandemia de COVID-19 e crises como o conflito na Ucrânia expuseram a fragilidade das cadeias globais e reforçaram a importância de uma articulação regional e de investimentos em inovação.
A ministra detalhou iniciativas como a criação de uma rede social federada para o BRICS — um espaço digital público para compartilhamento de ideias — e uma nuvem de armazenamento de dados própria, voltada para o compartilhamento de informações com respeito às culturas dos países-membros. "Toda inovação e grande revolução tecnológica, se concentrada na mão de alguns poucos, […] acaba levando a uma maior desigualdade."
Entre os projetos destacados está também "o programa de embaixadores do supercomputador Santos Dumont", voltado a conectar instituições do BRICS em pesquisas conjuntas. Localizado em Petrópolis (RJ), o equipamento é considerado o mais potente da América Latina para pesquisa acadêmica. A ministra também citou o estudo de viabilidade de um cabo submarino para transferência de dados científicos e educacionais como um dos destaques da presidência brasileira no grupo.
Fundo recuperado e integração industrial
Luciana afirmou que um dos principais legados do atual governo foi a recomposição integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que teve os recursos contingenciados até 2026 durante o governo anterior. "No primeiro ano foram R$ 10 bilhões [no fundo]; no segundo ano, R$ 12,7 bilhões; este ano agora está em R$ 14,7 bilhões de investimentos."
Segundo a ministra, os recursos estão integrados à Nova Indústria Brasil (NIB) e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em áreas como transformação digital, energia, saneamento e bioeconomia. "Depois de mais de dez anos, o crescimento brasileiro foi puxado pela indústria de transformação, revelando que a gente está no caminho certo."
Cooperação espacial com China e BRICS
A cooperação internacional também avança na área espacial. Luciana destacou a importância da parceria com a China no desenvolvimento do programa CBERS, de sensoriamento remoto, e anunciou a criação de uma constelação virtual de satélites entre os países do BRICS.
"A cooperação espacial no BRICS é extremamente estratégica para o Brasil, pois permite a redução das assimetrias tecnológicas entre os países-membros." Segundo ela, os países do agrupamento já compartilham dados para resposta a desastres ambientais, como vazamentos de óleo ou catástrofes naturais, e discutem a criação de um Conselho Espacial do BRICS, com governança estruturada.
Energia nuclear e novos membros
Sobre o setor nuclear, Luciana destacou o interesse do Brasil em aprofundar parcerias com a Rússia, especialmente na área de pequenos reatores nucleares. "Essa relação no setor nuclear não é nova, mas é claro que queremos aprofundá-la."
"Importamos da Rússia a maior parte dos radioisótopos de que necessitamos para a produção nacional de radiofármacos", disse a ministra, acrescentando que o Brasil quer aprofundar a cooperação em
pequenos reatores nucleares com base tecnológica brasileira.
Com a ampliação do BRICS e a entrada de novos países, o ministério busca incluir os novos membros nas iniciativas de ciência, tecnologia e inovação. O Irã, por exemplo, já sediou reuniões sobre energias renováveis. O grupo também prepara o lançamento de novas chamadas de financiamento para projetos conjuntos.
Inteligência artificial com sotaque brasileiro
Outro destaque da entrevista foi o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), encomendado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com previsão de investimento de R$ 23 bilhões em até cinco anos, o plano foi entregue em julho de 2024 e tem cinco eixos: infraestrutura, formação, melhoria de serviços públicos, inovação empresarial e governança.
O PBIA é outra prioridade para a soberania tecnológica, buscando
garantir uma IA ética, segura e adequada às realidades brasileiras. "Queremos que tenha soluções feitas por brasileiros, para brasileiros, e considerando nossas particularidades sociais, culturais e econômicas."
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