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Mídia: mercado negro de ajuda em Gaza expõe risco mortal e falhas na distribuição de ajuda
Mídia: mercado negro de ajuda em Gaza expõe risco mortal e falhas na distribuição de ajuda
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Em Gaza, pontos de ajuda da Fundação Humanitária forçam civis a enfrentar trajetos perigosos sob tiros israelenses. Produtos distribuídos emergem em mercados... 09.07.2025, Sputnik Brasil
2025-07-09T09:09-0300
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Desde maio, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês) centralizou seus pontos de distribuição de ajuda no sul do território, obrigando civis a percorrer longas e perigosas distâncias sob risco de ataques israelenses. De acordo com o Financial Times (FT), autoridades relatam mais de 500 mortes, inclusive de crianças, durante essas jornadas em busca de suprimentos.Diante desse cenário crítico, comerciantes de Gaza têm criado um mercado paralelo, comprando alimentos de palestinos capazes de enfrentar os trajetos e revendendo a preços altíssimos. A Câmara de Comércio local confirmou a prática, apontando que produtos vendidos por 10 sheqel (R$ 16,36) — moeda israelense amplamente utilizada em regiões palestinas, são revendidos por até 100 sheqel (R$ 163,55).A própria GHF reconheceu que começou a usar comerciantes locais para distribuir alimentos em comunidades específicas, como Al-Mawasi. No entanto, relatos apurados pelo FT indicam que parte dessa ajuda gratuita tem sido desviada para venda, em mercados onde os produtos da fundação são facilmente encontrados, como batatas vendidas a preços 15 vezes acima dos valores pré-guerra.A distribuição ocorre em apenas quatro pontos vigiados por empresas de segurança dos EUA e militares israelenses, em horários restritos e com superlotação. A escassez de alimentos obriga muitos palestinos a voltar de mãos vazias, enquanto o Exército israelense admite ter disparado contra pessoas em movimentações tidas como ameaçadoras.Organizações internacionais, como a ONU, criticam fortemente o modelo da GHF, que marginaliza outras entidades humanitárias e falha em atender adequadamente a uma população de 2,1 milhões de habitantes à beira da fome. Mais de 160 ONGs pediram o fim do programa, que obriga civis a escolher entre o risco de tiros ou a fome.Apesar de a GHF afirmar que toda ajuda é gratuita e a revenda não é permitida, comerciantes, autoridades econômicas e membros da ONU confirmam que há acordos implícitos permitindo a venda parcial como forma de compensação pela distribuição voluntária.Casos como o do chefe da associação de transportes de Gaza, que recusou proposta de negociar caminhões com alimentos da GHF, evidenciam tentativas de oficializar a venda de ajuda. Mesmo comerciantes interessados em adquirir lotes diretamente enfrentam escassez, sugerindo um comércio informal estabelecido e difícil de conter.Muitos moradores que evitam os pontos da GHF por medo, se veem obrigados a comprar os produtos humanitários básicos como farinha nos mercados locais por valores inflacionados, tornando o acesso à ajuda uma transação onerosa e injusta em meio ao conflito.
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Mídia: mercado negro de ajuda em Gaza expõe risco mortal e falhas na distribuição de ajuda
Em Gaza, pontos de ajuda da Fundação Humanitária forçam civis a enfrentar trajetos perigosos sob tiros israelenses. Produtos distribuídos emergem em mercados locais com preços abusivos, alimentando um mercado negro que expõe falhas graves no acesso à assistência e agrava a fome na região.
Desde maio, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês) centralizou seus pontos de
distribuição de ajuda no sul do território, obrigando civis a percorrer longas e perigosas distâncias sob risco de ataques israelenses. De
acordo com o Financial Times (FT), autoridades relatam
mais de 500 mortes, inclusive de crianças, durante essas jornadas em busca de suprimentos.
Diante desse cenário crítico, comerciantes de Gaza têm criado um mercado paralelo, comprando alimentos de palestinos capazes de enfrentar os trajetos e revendendo a preços altíssimos. A Câmara de Comércio local confirmou a prática, apontando que produtos vendidos por 10 sheqel (R$ 16,36) — moeda israelense amplamente utilizada em regiões palestinas, são revendidos por até 100 sheqel (R$ 163,55).
A própria GHF reconheceu que começou a usar
comerciantes locais para distribuir alimentos em comunidades específicas, como Al-Mawasi. No entanto, relatos apurados pelo FT indicam que
parte dessa ajuda gratuita tem sido desviada para venda, em mercados onde os produtos da fundação são facilmente encontrados, como batatas vendidas a preços 15 vezes acima dos valores pré-guerra.
A distribuição ocorre em
apenas quatro pontos vigiados por empresas de segurança dos EUA e militares israelenses, em horários restritos e com superlotação. A
escassez de alimentos obriga muitos palestinos a voltar de mãos vazias, enquanto o Exército israelense admite ter disparado contra pessoas em movimentações tidas como ameaçadoras.
Organizações internacionais, como a ONU, criticam fortemente o modelo da GHF, que marginaliza outras entidades humanitárias e
falha em atender adequadamente a uma população de 2,1 milhões de habitantes à beira da fome. Mais de 160 ONGs pediram o fim do programa, que obriga civis a escolher entre o risco de tiros ou a fome.
Apesar de a GHF afirmar que
toda ajuda é gratuita e a revenda não é permitida, comerciantes, autoridades econômicas e
membros da ONU confirmam que há acordos implícitos permitindo a venda parcial como forma de compensação pela distribuição voluntária.
Casos como o do chefe da associação de transportes de Gaza, que recusou proposta de negociar caminhões com alimentos da GHF,
evidenciam tentativas de oficializar a venda de ajuda. Mesmo comerciantes interessados em adquirir lotes diretamente enfrentam escassez, sugerindo um comércio informal estabelecido e
difícil de conter.
Muitos moradores que evitam os pontos da GHF por medo, se veem obrigados a comprar os produtos humanitários básicos como farinha nos mercados locais por valores inflacionados, tornando o acesso à ajuda uma transação onerosa e injusta em meio ao conflito.
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