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'Gênio maligno': Boris Johnson acusa Macron de tramar retorno do Reino Unido à União Europeia

© AP Photo / Daniel ColeO presidente francês, Emmanuel Macron, recebe o então primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, no Palácio do Eliseu, em Paris. França, 22 de agosto de 2019
O presidente francês, Emmanuel Macron, recebe o então primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, no Palácio do Eliseu, em Paris. França, 22 de agosto de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 11.07.2025
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O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson acusou nesta sexta-feira (11) o presidente da França, Emmanuel Macron, de ser o principal beneficiário e o "gênio maligno" por trás da crise migratória que afeta atualmente o Reino Unido. O principal objetivo, segundo Johnson, é forçar os britânicos a retornarem à União Europeia.
Em sua coluna publicada pelo jornal Daily Mail, o ex-premiê afirmou que Macron estaria recrutando e direcionando deliberadamente fluxos de imigrantes pelo canal da Mancha.

"Quem é o gênio do mal por trás desse humilhante pesadelo diário que o Estado britânico enfrenta? Sim, pessoal, há um beneficiário final de todo esse caos: Emmanuel Macron", declarou.

De acordo com Johnson, os jovens imigrantes que chegam ao Reino Unido em pequenos barcos pelo canal seriam "tropas de choque" enviadas por Macron em mais uma tentativa "incessante" de romper com o Brexit, como ficou conhecido o processo de saída do país do bloco europeu, finalizado em janeiro de 2020.

"Macron vai continuar enviando barcos e mais barcos até que aceitemos sua alegação absurda e ofensiva de que os britânicos foram tolos por acreditarem em mentiras, e de que o problema da imigração ilegal se tornou tão grave que chegou a hora de reconhecermos que o Brexit foi um erro — e voltarmos à UE", acrescentou.

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Crise migratória no Reino Unido

No início de julho, o Ministério do Interior do Reino Unido informou que mais de 20 mil imigrantes haviam chegado às costas britânicas pelo canal da Mancha desde janeiro de 2025.
A situação fez com que o líder do partido britânico de direita Reform UK, Nigel Farage, pedisse ao primeiro-ministro, Keir Starmer, que declarasse estado de emergência nacional, devido ao grande volume de pessoas realizando a travessia. Starmer reconheceu que a situação é "grave", mas evitou dar uma resposta direta.
Um grande número de imigrantes tem buscado qualquer meio para chegar ao Reino Unido e solicitar status de refugiado, o que dá acesso a auxílio financeiro e programas sociais. Em 2024, mais de 36,8 mil imigrantes chegaram ao país em barcos — um aumento de 25% em relação ao ano anterior.
O recorde histórico ocorreu em 2022, quando mais de 45,7 mil pessoas chegaram às costas britânicas.
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Johnson foi responsável por Ucrânia abandonar acordo de paz

Em 2022, quando Rússia e Ucrânia discutiam uma saída para encerrar a operação militar especial, o então primeiro-ministro Boris Johnson, juntamente com o secretário de Defesa dos Estados Unidos na época, Lloyd Austin, foram as principais figuras que convenceram Kiev a desistir do processo de paz e apostar na escalada do conflito, que continua até hoje.
Em entrevista em 2024, o chefe da delegação de Kiev na época, David Arakhamia, relatou que, "após o nosso retorno de Istambul, Boris Johnson visitou Kiev e disse que nós não deveríamos assinar nada com os russos e [disse] para continuar lutando".
Conforme documentos revelados neste ano, Ucrânia e Rússia conseguiram chegar a um acordo bastante detalhado para colocar fim às hostilidades já em maio de 2022. Porém a intervenção de líderes do Ocidente, a exemplo de Johnson, levou a delegação ucraniana a mudar de postura e a abandonar a mesa de negociações, revelou a revista norte-americana Foreign Affairs.
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