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Impasse em Gaza: cessar-fogo emperra e civis enfrentam fome, bombardeios e crise humanitária

© AP Photo / Moti MilrodSoldados israelenses caminham no bairro de Shijaiyah, na cidade de Gaza, como parte de uma operação para reunir centenas de palestinos no norte da Faixa de Gaza e transportar alguns para um local não revelado, em 8 de dezembro de 2023
Soldados israelenses caminham no bairro de Shijaiyah, na cidade de Gaza, como parte de uma operação para reunir centenas de palestinos no norte da Faixa de Gaza e transportar alguns para um local não revelado, em 8 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 13.07.2025
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Enquanto civis enfrentam a fome e a violência em pontos de distribuição de ajuda, o impasse entre Israel e Hamas sobre território, reféns e o fim da guerra dificulta avanços concretos rumo à paz.
As negociações para um cessar-fogo em Gaza estão paradas, principalmente devido à discordância sobre a extensão da retirada das forças israelenses. Apesar disso, as conversas indiretas sobre uma proposta de trégua de 60 dias, mediada pelos Estados Unidos, continuam em curso. Delegações de Israel e do Hamas estão reunidas no Catar há uma semana, tentando avançar em um acordo que incluiria a libertação gradual de reféns, a retirada militar e discussões sobre o fim da guerra.
Enquanto isso, a situação humanitária em Gaza se agrava. No sábado (12), 17 pessoas foram mortas por tropas israelenses enquanto tentavam obter ajuda alimentar em Rafah. O episódio é parte de uma série de tiroteios em massa que, segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, já causaram cerca de 800 mortes em seis semanas.
Testemunhas ouvidas pela Reuters relataram que os disparos foram direcionados, atingindo civis na cabeça e no tronco. O Exército israelense afirma que foram disparados apenas tiros de advertência e que não há evidências de feridos por suas tropas.
O Hamas rejeitou os mapas de retirada apresentados por Israel, que manteriam cerca de 40% da Faixa de Gaza sob controle israelense, incluindo áreas estratégicas como Rafah. Por outro lado, Israel se recusa a recuar para as posições anteriores à retomada da ofensiva em março. Essa divergência sobre o redesenho territorial é um dos principais entraves para o avanço das negociações.
Além da questão territorial, há impasses sobre as garantias para o fim da guerra e sobre a distribuição de ajuda humanitária. O Hamas exige um acordo definitivo para encerrar o conflito antes de libertar os reféns restantes. Israel, por sua vez, condiciona o fim dos combates à libertação de todos os reféns e ao desmantelamento do Hamas como força militar e administrativa em Gaza.
O novo sistema de distribuição de ajuda, lançado por Israel com apoio dos Estados Unidos, tem sido alvo de críticas. A ONU considera o modelo perigoso e contrário aos princípios de neutralidade humanitária. Israel defende o sistema como forma de evitar que militantes do Hamas supostamente desviem os suprimentos, o que o grupo nega. No entanto, os tiroteios em torno desses pontos de distribuição têm gerado mortes e pânico entre os civis.
A guerra teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas fez uma incursão em Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns. Estima-se que 20 dos 50 reféns ainda em poder do grupo estejam vivos. Desde então, a ofensiva israelense já matou mais de 57.000 palestinos, segundo autoridades de saúde de Gaza, e provocou o deslocamento de quase toda a população do território.
A destruição em Gaza é vasta, e a crise humanitária se aprofunda. Com mais de 2 milhões de pessoas afetadas, o território enfrenta escassez de alimentos, água e serviços básicos. A pressão internacional cresce, mas os avanços diplomáticos seguem lentos diante das exigências conflitantes entre as partes envolvidas.
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