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Brasil tem queda na desigualdade em educação, emprego e meio ambiente, aponta relatório do Dieese
Brasil tem queda na desigualdade em educação, emprego e meio ambiente, aponta relatório do Dieese
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O Brasil avançou no combate às desigualdades sociais em 25 áreas nos últimos anos, com destaque para as do meio ambiente, trabalho, educação e saúde. 29.08.2025, Sputnik Brasil
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Os dados são do terceiro Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades 2025, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O documento foi apresentado nesta quinta-feira (28) na Câmara dos Deputados (DF) no lançamento do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades.A redução da proporção de pobres em 23,4% em 2024 é um dos destaques, de acordo com critérios do programa federal Bolsa Família, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).Outro destaque, na área da educação, é o aumento da taxa de escolarização do ensino médio de 71,3%, em 2022, para 74% em 2024. No ensino superior, a taxa passou de 20,1% para 22,1% no mesmo período. Apesar desse avanço, a maioria dos jovens entre 18 e 24 anos não estão matriculados nas universidades. O percentual de crianças de 0 a 3 anos que frequentam creches, entre 2022 e 2024, também subiu de 30,7% para 34,6%. Entretanto, a maioria das crianças nessa faixa etária está fora da escola, apesar do Plano Nacional de Educação (PNE) ter previsto que 50% delas deveriam estar em creches até 2024. As mulheres superam os homens no acesso no nível superior, sendo 32,4%, brancas e 20,3% negras.A mortalidade materna teve queda expressiva, segundo os dados: de 113 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos, em 2021, para 52 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos, em 2023. As regiões Norte e Nordeste, no entanto, registraram resultados piores, se comparados à média nacional. Em 2023, o Norte teve 71 mortes maternas por 100 mil. E o Nordeste, teve 59/100 mil em 2023.Apenas três dos 43 indicadores do estudo tiveram retrocesso: os relacionados à saúde e a condições de moradia, e oito não apresentaram mudanças significativas. O estudo também revela que desigualdades de raça/cor, gênero persistem no país. A disparidade racial ocorre em todas as regiões do país, exceto no Nordeste e no Centro-Oeste, onde as crianças negras participam em maior proporção.A violência contra as mulheres, é um dos problemas que se intensificaram, de acordo com os dados. Em 2020, o número de vítimas de feminicídio foi de 1.350, passando para 1.492, em 2024, totalizando 142 casos de feminicídio a mais, na comparação 2020-2024, apesar da queda geral das mortes violentas intencionais (que inclui homicídios, latrocínios, etc). A taxa total de óbitos por causas evitáveis também aumentou entre 2021 e 2023, de 30,6% para 39,2%.Avanços na área ambientalO Brasil conseguiu reduzir as emissões de gás carbônico (CO₂) por pessoa, com queda 10,8 toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO₂) de emissões em 2023 em comparação com 12,4 tCO₂e, em 2022. Houve ainda queda de 41,3% na área desmatada entre 2022 e 2024. Apesar disso, o Acre teve acréscimo de 31% da área desmatada; Roraima, de 8%; e Piauí, alta de 5%. Mercado de TrabalhoO rendimento médio do trabalhador também cresceu no período estudado, cerca de 2,9% em 2024 (R$ 3.066) em comparação com 2023. Já a taxa de desocupação caiu 1,2 ponto percentual no período, chegando a 6,6% em 2024. Entre as mulheres, a queda foi de 9,5% para 8,1% e, entre a população negra, de 9,1% para 7,6%, sem, no entanto, alterar significativamente a estrutura desigual da renda no país, concluiu o estudo. Em 2024, a parcela 1% mais rica do país ganhava 30,5 vezes mais que os 50% mais pobres do Brasil, leve queda em comparação com 2023 (32,9 vezes). Embora tenha havido crescimento, ainda que lento, na renda média dos ocupados em 2024, a diferença de rendimentos entre homens e mulheres se manteve. As trabalhadoras recebem, aproximadamente, 73% do rendimento médio masculino. Sobre a maternidade precoce, o percentual de nascidos vivos de mães com até 19 anos no Brasil registrou queda entre 2022 e 2023.
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Brasil tem queda na desigualdade em educação, emprego e meio ambiente, aponta relatório do Dieese
00:10 29.08.2025 (atualizado: 05:27 29.08.2025) O Brasil avançou no combate às desigualdades sociais em 25 áreas nos últimos anos, com destaque para as do meio ambiente, trabalho, educação e saúde.
Os dados são do terceiro Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades 2025, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O documento foi apresentado nesta quinta-feira (28) na Câmara dos Deputados (DF) no lançamento do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades.
A redução da proporção de pobres em 23,4% em 2024 é um dos destaques, de acordo com critérios do
programa federal Bolsa Família, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Outro destaque, na área da educação, é o aumento da taxa de escolarização do ensino médio de 71,3%, em 2022, para 74% em 2024. No ensino superior, a taxa passou de 20,1% para 22,1% no mesmo período. Apesar desse avanço, a maioria dos jovens entre 18 e 24 anos não estão matriculados nas universidades.
O percentual de crianças de 0 a 3 anos que frequentam creches, entre 2022 e 2024, também subiu de 30,7% para 34,6%. Entretanto, a maioria das crianças nessa faixa etária está
fora da escola, apesar do Plano Nacional de Educação (PNE) ter previsto que 50% delas deveriam estar em creches até 2024. As
mulheres superam os homens no acesso no nível superior, sendo 32,4%, brancas e 20,3% negras.
A mortalidade materna teve queda expressiva, segundo os dados: de 113 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos, em 2021, para 52 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos, em 2023. As regiões Norte e Nordeste, no entanto, registraram resultados piores, se comparados à média nacional. Em 2023, o Norte teve 71 mortes maternas por 100 mil. E o Nordeste, teve 59/100 mil em 2023.
Apenas três dos 43 indicadores do estudo
tiveram retrocesso: os relacionados à saúde e a condições de moradia, e oito não apresentaram mudanças significativas. O estudo também revela que
desigualdades de raça/cor, gênero persistem no país.
A disparidade racial ocorre em todas as regiões do país, exceto no Nordeste e no Centro-Oeste, onde as crianças negras participam em maior proporção.
"A desigualdade é tão grande entre negros e não negros, entre homens e mulheres, entre territórios do Norte-Nordeste e do Sul-Sudeste, que mesmo em indicadores que cresceram acima da média, as desigualdades ainda são bastante relevantes", comenta a diretora técnica do Dieese, Adriana Marcolino.
A violência contra as mulheres, é um dos problemas que se intensificaram, de acordo com os dados. Em 2020, o número de vítimas de feminicídio foi de 1.350, passando para 1.492, em 2024, totalizando 142 casos de feminicídio a mais, na comparação 2020-2024, apesar da queda geral das mortes violentas intencionais (que inclui homicídios, latrocínios, etc). A taxa total de óbitos por causas evitáveis também aumentou entre 2021 e 2023, de 30,6% para 39,2%.
Avanços na área ambiental
O Brasil conseguiu reduzir as emissões de gás carbônico (CO₂) por pessoa, com queda 10,8 toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO₂) de emissões em 2023 em comparação com 12,4 tCO₂e, em 2022. Houve ainda queda de 41,3% na área desmatada entre 2022 e 2024. Apesar disso, o Acre teve acréscimo de 31% da área desmatada; Roraima, de 8%; e Piauí, alta de 5%.
O rendimento médio do trabalhador também cresceu no período estudado, cerca de 2,9% em 2024 (R$ 3.066) em comparação com 2023. Já a taxa de desocupação caiu 1,2 ponto percentual no período, chegando a 6,6% em 2024.
Entre as mulheres, a queda foi de 9,5% para 8,1% e, entre a população negra, de 9,1% para 7,6%, sem, no entanto, alterar significativamente a estrutura desigual da renda no país, concluiu o estudo. Em 2024, a parcela 1% mais rica do país ganhava 30,5 vezes mais que os 50% mais pobres do Brasil, leve queda em comparação com 2023 (32,9 vezes).
Embora tenha havido crescimento, ainda que lento, na renda média dos ocupados em 2024, a diferença de rendimentos entre homens e mulheres se manteve. As trabalhadoras recebem, aproximadamente, 73% do rendimento médio masculino. Sobre a maternidade precoce, o percentual de nascidos vivos de mães com até 19 anos no Brasil registrou queda entre 2022 e 2023.
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