https://noticiabrasil.net.br/20250917/amorim-defende-retomar-conselho-de-defesa-sul-americano-para-preservar-paz-e-autonomia-da-regiao-43340821.html
Amorim defende retomar Conselho de Defesa Sul-Americano para preservar paz e autonomia da região
Amorim defende retomar Conselho de Defesa Sul-Americano para preservar paz e autonomia da região
Sputnik Brasil
Em meio ao aumento das tensões na costa da Venezuela, após operações militares recentes dos Estados Unidos no Caribe, o assessor especial da Presidência da... 17.09.2025, Sputnik Brasil
2025-09-17T17:30-0300
2025-09-17T17:30-0300
2025-09-17T19:33-0300
notícias do brasil
américas
celso amorim
brasil
américa do sul
venezuela
brics
presidência da república
multilateralismo
soberania
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/09/04/42935732_0:0:1396:785_1920x0_80_0_0_189efa9b7160c9165d9c07b22a6a66e2.jpg
O embaixador recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, ocasião em que fez um discurso sobre os desafios da diplomacia e da defesa em um cenário internacional marcado por crises.Segundo Amorim, o Brasil mantém o compromisso de preservar a América do Sul como uma região de paz. O diplomata destacou ainda que, apesar de o Brasil apoiar o combate ao narcotráfico, esse esforço não deve ser confundido com a luta contra o terrorismo. "São ameaças com objetivos diversos que devem ser tratadas por meios distintos", disse. Defesa sul-americanaDurante o discurso, Amorim reforçou a importância do Conselho de Defesa Sul-Americano, criado em 2008 no âmbito da Unasul e que teve um papel relevante na mediação de tensões entre Colômbia e Venezuela. Para ele, experiências como essa mostram a importância de fortalecer uma doutrina de defesa própria na região.Amorim também defendeu a retomada da Escola Sul-Americana de Defesa e a revisão de instrumentos herdados da Guerra Fria, como o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), que, segundo ele, já não responde aos desafios atuais."Graças a essa escola, dirigida pelo professor [Antonio] Ramalho, o major brasileiro poderia encontrar o major peruano sem que tenha que ir a Washington", completou.Amorim, que participou pessoalmente de mediações passadas, reconheceu as atuais divergências entre países do continente, mas argumentou que a cooperação em defesa é fundamental para gerar consensos e avançar na integração. Para ele, a proteção de recursos naturais e minerais críticos pode ser um tema prioritário para a cooperação sul-americana.Conflitos globaisO embaixador chamou atenção para a gravidade do cenário internacional, marcado pela escalada de violência no Oriente Médio. Sobre o conflito em Gaza, destacou o risco de uma ampliação da guerra. "Em meus longos anos de diplomacia, nunca vi uma situação internacional tão grave. Temos duas guerras simultâneas, no Oriente Médio e na Europa, ambas com grande potencial de escalada", alertou. Amorim recordou que o Brasil, durante a presidência do Conselho de Segurança da ONU em outubro de 2023, apresentou proposta de resolução para uma pausa humanitária em Gaza e libertação de reféns, apoiada por 12 países, mas vetada por um membro permanente. Para ele, o episódio demonstra a paralisia das instituições multilaterais diante das crises atuais.Multilateralismo e BRICSO ex-chanceler também ressaltou o papel do Brasil e do BRICS na defesa de uma nova ordem internacional. Para ele, o multilateralismo segue sendo a única forma legítima de enfrentar os desafios globais. Amorim defendeu maior cooperação em temas estratégicos, como proteção de recursos naturais e desenvolvimento tecnológico, além da ampliação da integração com a África. "O fortalecimento da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul requer engajamento constante do Estado brasileiro. Devemos continuar a sustentar o Atlântico Sul como uma zona livre de armas nucleares", destacou.
https://noticiabrasil.net.br/20250901/eua-reunem-factoides-para-justificar-cerco-e-corroer-legitimidade-do-governo-venezuelano-videos-42875968.html
https://noticiabrasil.net.br/20250821/fome-mata-uma-pessoa-a-cada-seis-horas-em-gaza-apontam-dados-da-onu-42607493.html
brasil
américa do sul
venezuela
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
Brasil valoriza a América do Sul como zona de paz, diz Amorim após receber honraria na UFF
Sputnik Brasil
Brasil valoriza a América do Sul como zona de paz, diz Amorim após receber honraria na UFF
2025-09-17T17:30-0300
true
PT1S
🪖 Amorim defende reconstrução do Conselho de Defesa Sul-Americano
Sputnik Brasil
🪖 Amorim defende reconstrução do Conselho de Defesa Sul-Americano
2025-09-17T17:30-0300
true
PT1S
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/09/04/42935732_100:0:1157:793_1920x0_80_0_0_e927fd347ebf3c907d9b1541573bcb02.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
américas, celso amorim, brasil, américa do sul, venezuela, brics, presidência da república, multilateralismo, soberania, diplomacia, uff, exclusiva
américas, celso amorim, brasil, américa do sul, venezuela, brics, presidência da república, multilateralismo, soberania, diplomacia, uff, exclusiva
Amorim defende retomar Conselho de Defesa Sul-Americano para preservar paz e autonomia da região
17:30 17.09.2025 (atualizado: 19:33 17.09.2025) Em meio ao aumento das tensões na costa da Venezuela, após operações militares recentes dos Estados Unidos no Caribe, o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira (17) que a situação causa extrema preocupação ao Brasil.
O embaixador recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, ocasião em que fez um discurso sobre os desafios da diplomacia e da defesa em um cenário internacional marcado por crises.
Segundo Amorim, o Brasil mantém o compromisso de preservar a América do Sul como uma região de paz.
"O Brasil valoriza a América do Sul como zona de paz e por isso se opõe à presença de forças militares extrarregionais no nosso continente. Vemos os exemplos recentes do emprego da força no mar do Caribe e próximo à costa da América do Sul com extrema preocupação."
O diplomata destacou ainda que, apesar de o Brasil apoiar o combate ao narcotráfico, esse esforço não deve ser confundido com a luta contra o terrorismo. "São ameaças com objetivos diversos que devem ser tratadas por meios distintos", disse.
Durante o discurso, Amorim reforçou a importância do Conselho de Defesa Sul-Americano, criado em 2008 no âmbito da Unasul e que teve um papel relevante na mediação de tensões entre Colômbia e Venezuela. Para ele, experiências como essa mostram a importância de fortalecer uma doutrina de defesa própria na região.
"Houve um período da história da América do Sul, na transição do século XIX para o século XX, em que bloqueios navais por potências externas eram recorrentes. Não por acaso, nesse mesmo período, vemos o fortalecimento do princípio da não intervenção nos países sul-americanos", lembrou.
Amorim também defendeu a retomada da Escola Sul-Americana de Defesa e a revisão de instrumentos herdados da Guerra Fria, como o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), que, segundo ele, já não responde aos desafios atuais.
"Graças a essa escola, dirigida pelo professor [Antonio] Ramalho, o major brasileiro poderia encontrar o major peruano sem que tenha que ir a Washington", completou.
Amorim, que participou pessoalmente de mediações passadas, reconheceu as atuais divergências entre países do continente, mas argumentou que a cooperação em defesa é fundamental para gerar consensos e avançar na integração. Para ele, a proteção de recursos naturais e minerais críticos pode ser um tema prioritário para a cooperação sul-americana.
O embaixador chamou atenção para a gravidade do cenário internacional, marcado pela escalada de violência no Oriente Médio. Sobre o conflito em Gaza, destacou o risco de uma ampliação da guerra. "Em meus longos anos de diplomacia, nunca vi uma situação internacional tão grave. Temos duas guerras simultâneas, no Oriente Médio e na Europa, ambas com grande potencial de escalada", alertou.
Amorim recordou que o Brasil, durante a presidência do Conselho de Segurança da ONU em outubro de 2023, apresentou proposta de
resolução para uma pausa humanitária em Gaza e libertação de reféns, apoiada por 12 países, mas vetada por um membro permanente. Para ele, o episódio demonstra a paralisia das instituições multilaterais
diante das crises atuais.
"O isolamento crescente de Israel tem sido obra do próprio governo. Continuamos a defender a solução de dois Estados, com uma Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança", afirmou.
O ex-chanceler também ressaltou o papel do Brasil e do BRICS na defesa de uma nova ordem internacional. Para ele, o multilateralismo segue sendo a
única forma legítima de enfrentar os desafios globais.
"A ordem internacional como conhecíamos acabou. É preciso reconstruí-la em novas bases. O multilateralismo é para o mundo o que a democracia é para os países", disse.
Amorim defendeu maior cooperação em temas estratégicos, como proteção de recursos naturais e desenvolvimento tecnológico, além da ampliação da integração com a África.
"O fortalecimento da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul requer engajamento constante do Estado brasileiro. Devemos continuar a sustentar o Atlântico Sul como uma
zona livre de armas nucleares", destacou.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).