Kim Jong-un condiciona diálogo com EUA ao fim da exigência de desnuclearização do país, diz mídia
02:43 22.09.2025 (atualizado: 04:05 22.09.2025)
© Sputnik / Vitaly Ankov
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Kim Jong-un afirmou que a Coreia do Norte está disposta a dialogar com os EUA, desde que Washington abandone a exigência de desnuclearização. Em discurso, o líder norte-coreano disse guardar boas lembranças de Trump e criticou propostas recentes de paz como falsas e hostis.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, declarou que seu país está aberto ao diálogo com os Estados Unidos, desde que Washington abandone a exigência de desnuclearização. Em discurso na Assembleia Popular Suprema, Kim mencionou guardar boas lembranças do presidente norte-americano Donald Trump, com quem se encontrou três vezes durante o primeiro mandato do republicano.
"Se os Estados Unidos abandonarem a obsessão absurda com a desnuclearização e aceitarem a realidade, e desejarem uma coexistência pacífica genuína, não há motivo para não nos sentarmos com os Estados Unidos", disse Kim, segundo a agência estatal KCNA.
Kim reforçou que a construção de armas nucleares é, para a Coreia do Norte, uma questão de sobrevivência diante das ameaças representadas pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul e que a insistência norte-americana em desmantelar o arsenal nuclear norte-coreano ignora os riscos enfrentados pelo país e demonstra uma postura irrealista.
O líder norte-coreano também afirmou ter rejeitado propostas recentes de diálogo feitas por Washington e Seul, classificando-as como enganosas e argumentou que a essência dessas propostas permanece hostil, o que inviabiliza qualquer negociação verdadeira.
Como exemplo dessa suposta duplicidade, Kim citou a proposta sul-coreana de desmantelamento gradual do programa nuclear do Norte. Para ele, essa abordagem revela a intenção de controlar e desestabilizar o país, sob o pretexto de cooperação. A desconfiança em relação às intenções de Seul reforça a posição de Pyongyang de manter seu arsenal como garantia de soberania.
Desde que assumiu a presidência em junho, o sul-coreano Lee Jae-myung tem defendido o diálogo com Pyongyang como caminho para a paz. Ele propôs medidas de construção de confiança e uma abordagem em fases para encerrar o programa nuclear norte-coreano. De acordo com a Reuters, apesar dos desafios, Lee acredita que essa é a estratégia mais realista para avançar nas negociações e evitar uma escalada de tensões na península.
