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'Estamos encerrando um ciclo de atraso', diz Barroso sobre julgamento de Bolsonaro

© Foto / Reprodução Instagram / BNDESO presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (à esq.), e o ministro do STF Luís Roberto Barroso (à dir.) durante evento no Rio de Janeiro, em setembro de 2025
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (à esq.), e o ministro do STF Luís Roberto Barroso (à dir.) durante evento no Rio de Janeiro, em setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 26.09.2025
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (26) que o Brasil está encerrando um "ciclo de atraso" ao falar sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado por uma trama golpista.
Durante evento no BNDES, no Rio de Janeiro, sobre litigância contra o poder público, Barroso afirmou que a história do Brasil é marcada por golpes e contragolpes, pontuando uma lista de eventos no passado do país que corroboram seu ponto, como a Revolução Constitucionalista de 1932 e a Ditadura Militar.
"Estamos encerrando um ciclo de atraso. O Brasil está mudando e às vezes a gente não percebe."
Na visão do magistrado, o julgamento de Bolsonaro foi feito à luz do dia, com direito à defesa e transmissão para o mundo todo. Barroso classificou a ação como "indispensável" para o Brasil e afirmou que esta era necessária para encaminhar o Brasil na direção correta.
O ministro do STF também fez questão de falar sobre as decisões importantes do Supremo ao longo do biênio em que foi presidente da Corte, entre elas a quantificação mínima de droga para diferenciar usuário e traficante e a garantia da gratuidade de transporte público para eleitores nos dias de votação.
Sobre a criação de regras e nomas para redes sociais, Barroso declarou que o entendimento do STF é de um equilíbrio entre a dura regulação europeia e a falta de normativas dos Estados Unidos acerca do assunto.
Barroso também defendeu a implementação de economistas no STF para entender quais são os impactos que as ações da Corte podem ter sobre as finanças do governo e de empresas.
Ainda na área econômica, Barroso enfatizou que o valor anual do judiciário, que ultrapassa R$ 145 bilhões, é alto, mas que o sistema brasileiro consegue alcançar até as cidades mais remotas do país. Na visão do magistrado, para reduzir estes custos — ou ao menos manter — é preciso acabar a litigiosidade quantitativa — foram 39,4 milhões de novas ações em 2024.
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Mercadante brinca com 'química', mas crítica Magnitsky

No mesmo evento, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, brincou com a química citada pelos presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva durante rápido encontro na Assembleia Geral da ONU, no início desta semana.
Apesar do bom humor, Mercadante fez questão de destacar que é impensável um ministro do STF e sua família serem atingidos pela Lei Magnitsky, em referência às sanções aplicadas contra Alexandre de Moraes e o entorno.
Mercadante elogiou Barroso e o Supremo por não recuar diante da pressão dos Estados Unidos sobre o julgamento de Bolsonaro. Para o presidente do BNDES, este tipo de resistência fortalece a soberania brasileira.
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