- Sputnik Brasil, 1920
Notícias do Brasil
Notícias sobre política, economia e sociedade do Brasil. Entrevistas e análises de especialistas sobre assuntos que importam ao país.

Barroso afirma que 'bagrinhos' condenados pelo 8 de Janeiro deveriam ter pena reduzida

© Foto / Antônio Augusto / Supremo Tribunal FederalO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso durante sessão plenária do STF em setembro de 2025
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso durante sessão plenária do STF em setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 28.09.2025
Nos siga no
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou neste domingo (28) que concorda que alguns condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 deveriam ter pena reduzida.
Em entrevista à GloboNews, Barroso explicou que concorda que golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de direito deveriam contar como um só crime. Na prática, este entendimento do magistrado faria com que a pena fosse reduzida. Essa visão teria sido dividida com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP).

"Eu disse a eles [Alcolumbre e Motta] que concordava que aquela me parecia a melhor solução: dar uma redução de pena. Os 'bagrinhos' cumpririam 2 anos ou 2 anos e meio e sairiam da prisão, o que eu achava de bom tamanho para os que não eram financiadores nem planejadores."

A condenação por golpe de estado tem pena mínima de 4 anos e máxima de 12 anos, enquanto a tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito varia de 4 a 8 anos. Somado aos crimes de ataque ao patrimônio, as condenações de parte dos detidos pelo 8 de Janeiro ultrapassam os 14 anos.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (à esq.), e o ministro do STF Luís Roberto Barroso (à dir.) durante evento no Rio de Janeiro, em setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 26.09.2025
Notícias do Brasil
'Estamos encerrando um ciclo de atraso', diz Barroso sobre julgamento de Bolsonaro
Apesar de concordar que as penas devam ser sobrepostas, Barroso não vê motivo para a alteração do tempo delas, uma vez que a legislação foi criada recentemente e atualizada pelo Congresso.

"Acho que mexer no tamanho das penas não, acho que é uma legislação recente, curiosamente aprovada no governo passado, de defesa do Estado democrático de direito, as penas são razoáveis. Mexer na pena acho que é um casuísmo. Fazer prevalecer uma interpretação alternativa razoável, como essa da consunção, acho que é palatável."

Questionado sobre anistia a Bolsonaro, Barroso afirmou que é "impraticável" antes de terminar o julgamento ou imediatamente após a condenação. O ministro acredita ser necessário esperar.
"Anistia é uma competência do Congresso, é uma questão politica. Mas essa anistia prontamente é inaceitável porque é uma violação à separação dos poderes. Anistia no futuro, depende do que vai sair, porque qualquer ato Congresso é passível de revisão pelo Supremo à luz da Constituição. Portanto, tem que esperar."
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала