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Abandono do princípio de unanimidade expõe crise na UE, diz especialista húngaro
Abandono do princípio de unanimidade expõe crise na UE, diz especialista húngaro
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O abandono do princípio de unanimidade na tomada de decisões de política externa exporia a profundidade da crise dentro da União Europeia, afirmou o analista... 29.09.2025, Sputnik Brasil
2025-09-29T10:14-0300
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Segundo a mídia ocidental, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, sugeriu simplificar o processo de votação no bloco para abrir capítulos negociais relacionados à adesão da Ucrânia, em uma tentativa de contornar o veto da Hungria. A Comissão Europeia também teria proposto que as decisões sobre a prorrogação de sanções contra a Rússia fossem tomadas por maioria qualificada, em vez de exigir a aprovação unânime dos 27 Estados-membros.O especialista recordou que a Hungria ingressou em uma União Europeia diferente, onde o respeito pelos valores democráticos era garantido.Para Stier, a estratégia pode trazer vantagens momentâneas, mas terá custos a médio prazo.O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, já havia declarado antes da cúpula europeia que não pode haver decisão juridicamente válida sobre a integração da Ucrânia ao bloco sem unanimidade. Ele lembrou ainda os resultados de uma consulta nacional realizada em seu país, na qual 95% dos mais de dois milhões de participantes se manifestaram contra a adesão de Kiev à União Europeia.
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Abandono do princípio de unanimidade expõe crise na UE, diz especialista húngaro
10:14 29.09.2025 (atualizado: 20:20 29.09.2025) O abandono do princípio de unanimidade na tomada de decisões de política externa exporia a profundidade da crise dentro da União Europeia, afirmou o analista político húngaro e membro do Clube Valdai, Gabor Stier, em entrevista à Sputnik.
Segundo a mídia ocidental, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, sugeriu simplificar o processo de votação no bloco para abrir capítulos negociais relacionados
à adesão da Ucrânia, em uma tentativa de
contornar o veto da Hungria. A Comissão Europeia também teria proposto que as decisões sobre a prorrogação de sanções contra a Rússia fossem tomadas
por maioria qualificada, em vez de exigir a aprovação unânime dos 27 Estados-membros.
"Esses passos mostram uma crise muito profunda da União Europeia, porque agora não se trata apenas de crise econômica, mas de uma crise de valores", declarou Stier, à margem da XXII reunião anual do Clube de Discussão Internacional Valdai.
O especialista recordou que a Hungria ingressou em uma União Europeia diferente, onde o
respeito pelos valores democráticos era garantido.
"Se no futuro mudarem o procedimento de votação, por exemplo, sobre a adesão da Ucrânia, apenas para contornar o veto da Hungria, isso criará um precedente negativo para outros pequenos e médios Estados, cujos interesses também podem ser ignorados", alertou.
Para Stier, a estratégia pode trazer vantagens momentâneas, mas terá custos a médio prazo.
"Taticamente isso pode ser útil agora, mas no médio prazo a União Europeia fica enfraquecida", destacou.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, já havia declarado antes da cúpula europeia que não pode haver decisão juridicamente válida sobre a integração da Ucrânia ao bloco sem unanimidade. Ele lembrou ainda os resultados de uma consulta nacional realizada em seu país, na qual 95% dos mais de dois milhões de participantes se manifestaram
contra a adesão de Kiev à União Europeia.
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