https://noticiabrasil.net.br/20251006/tarcisio-promete-rigor-contra-comercio-irregular-apos-mortes-por-bebidas-com-metanol-em-sp-43968067.html
Tarcísio promete rigor contra comércio irregular após mortes por bebidas com metanol em SP
Tarcísio promete rigor contra comércio irregular após mortes por bebidas com metanol em SP
Sputnik Brasil
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), detalhou nesta segunda-feira (6) as ações do governo estadual diante do surto de intoxicação por... 06.10.2025, Sputnik Brasil
2025-10-06T18:45-0300
2025-10-06T18:45-0300
2025-10-06T22:02-0300
notícias do brasil
tarcísio de freitas
são paulo
primeiro comando da capital (pcc)
metanol
falsificação
intoxicação
mortes
bebidas
bebidas alcoólicas
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/0a/06/43967627_0:262:2560:1702_1920x0_80_0_0_fe9a01846c9bde7c4cd077009c758d54.jpg
Em coletiva de imprensa, ele afirmou que não haverá tolerância com comerciantes que atuam de forma irregular. "Quem opera no comércio sabe exatamente qual é o preço de uma bebida verdadeira e qual é o preço de uma bebida falsificada. Então tem uma questão de responsabilidade de quem está atuando no mercado. Por isso nós não vamos tolerar esse tipo de desvio."Segundo ele, bares, distribuidoras e fábricas clandestinas já estão na mira da fiscalização. "Estabelecimentos que não conseguem comprovar a origem do seu produto e, portanto, estão colocando a vida do cidadão em risco, serão fechados cautelarmente e perderão a inscrição estadual", completou.Até o momento, seis distribuidores e dois bares já tiveram o registro suspenso, o que impede a emissão de notas fiscais e, na prática, bloqueia a operação desses locais. Além disso, gráficas que fabricam rótulos e tampas falsificadas serão alvo das investigações.O Executivo estadual divulgou que há 14 casos confirmados de intoxicação, 178 em investigação e duas mortes, além de sete investigadas em território paulista. Para reforçar o atendimento, foram distribuídas 2,5 mil ampolas do antídoto para intoxicação por metanol a 20 hospitais de referência.O governador relatou ainda que o gabinete de crise, criado na semana passada, segue reunindo secretarias estaduais, polícias, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e vigilâncias sanitárias municipais. "É um problema que a gente entende que vai ter que trabalhar em cooperação, todas as esferas, todos os entes, para que a gente possa garantir aquilo que é mais importante: a tranquilidade para o nosso cidadão."Entre as medidas já em andamento, estão o treinamento de profissionais de saúde, a emissão de notas técnicas com protocolos de atendimento e ações conjuntas de fiscalização em bares, festas e distribuidoras.Crise do metanol no setor de bebidasNos últimos dias, 11 estabelecimentos foram interditados cautelarmente e milhares de garrafas sem comprovação de origem foram apreendidas. Em Barueri, 128 mil garrafas lacradas foram inspecionadas por falta de documentação; em Araraquara, outras 1,5 mil. Em setembro, o governo contabilizou mais de 43 mil ações de fiscalização nos 645 municípios paulistas. Além disso, apenas na última semana, a Polícia Civil apreendeu mais de 100 mil insumos usados na falsificação, entre rótulos, tampas e lacres.As investigações também resultaram na prisão de 20 pessoas, entre elas o principal fornecedor de insumos para falsificação de bebidas do estado. Até agora, as autoridades não identificaram vínculos claros entre os grupos detidos. "Nós temos várias organizações ou várias quadrilhas, várias associações criminosas, ou nós temos uma associação criminosa — isso ainda está sendo apurado", disse o governador.Uma das hipóteses levantadas é que a contaminação por metanol tenha ocorrido no processo de lavagem de garrafas usadas, quando normalmente se emprega etanol, mas pode ter havido troca indevida da substância.Ele também comentou que "o que a gente viu até agora é que essas pessoas presas não têm relação entre si, não têm vínculo entre uma pessoa e outra, ou seja, um grupo que foi preso em São Paulo não tem relação com o grupo que foi preso em Americana, que não tem relação com o grupo que foi preso em Santo André ou em Jundiaí".Tarcísio pediu que a população colabore com denúncias por meio do 151, do Procon, ou 181, além dos sites oficiais do governo. Há também parcerias com a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) para criar um programa de combate à falsificação.PCC e metanolO secretário da Segurança, Guilherme Derrite, reforçou que não há indícios de participação de facções criminosas. "Nenhum dos 41 presos pertenceu a organização criminosa. O que temos até aqui são associações criminosas, mas muito diferentes de facções hierarquizadas. Até agora, não há nenhum indício de participação do PCC [Primeiro Comando da Capital]", disse.Uma das linhas de apuração é que o etanol contaminado por metanol tenha sido usado por engano em destilarias clandestinas.Anteriormente, a Polícia Federal anunciou investigações sobre o caso, sendo que uma das linhas apontadas é a de que o PCC teria utilizado estoques sobressalentes da substância química — que seriam utilizados em combustíveis adulterados — para produzir insumos alcoólicos.
https://noticiabrasil.net.br/20251003/bares-de-sao-paulo-sentem-impacto-do-medo-do-metanol-e-mudam-cardapio-43896875.html
https://noticiabrasil.net.br/20251003/ministerio-da-saude-anuncia-compra-emergencial-de-antidoto-contra-intoxicacao-por-metanol-43865267.html
são paulo
brasil
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
"Quem opera no comércio sabe o preço": Tarcísio ameaça fechar pontos que vendam bebida com metanol em SP
Sputnik Brasil
"Quem opera no comércio sabe o preço": Tarcísio ameaça fechar pontos que vendam bebida com metanol em SP.
2025-10-06T18:45-0300
true
PT1S
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
tarcísio de freitas, são paulo, primeiro comando da capital (pcc), metanol, falsificação, intoxicação, mortes, bebidas, bebidas alcoólicas, brasil
tarcísio de freitas, são paulo, primeiro comando da capital (pcc), metanol, falsificação, intoxicação, mortes, bebidas, bebidas alcoólicas, brasil
Tarcísio promete rigor contra comércio irregular após mortes por bebidas com metanol em SP
18:45 06.10.2025 (atualizado: 22:02 06.10.2025) O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), detalhou nesta segunda-feira (6) as ações do governo estadual diante do surto de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol.
Em coletiva de imprensa, ele afirmou que não haverá tolerância com comerciantes que
atuam de forma irregular. "
Quem opera no comércio sabe exatamente qual é o preço de uma bebida verdadeira e qual é o preço de uma bebida falsificada. Então tem uma questão de responsabilidade de quem está atuando no mercado. Por isso nós não vamos tolerar esse tipo de desvio."
Segundo ele, bares, distribuidoras e
fábricas clandestinas já estão na mira da fiscalização. "Estabelecimentos que não conseguem comprovar a origem do seu produto e, portanto, estão colocando a vida do cidadão em risco,
serão fechados cautelarmente e perderão a inscrição estadual", completou.
Até o momento, seis distribuidores e dois bares já tiveram o registro suspenso, o que impede a emissão de notas fiscais e, na prática, bloqueia a operação desses locais. Além disso, gráficas que fabricam rótulos e tampas falsificadas serão alvo das investigações.
O Executivo estadual divulgou que
há 14 casos confirmados de intoxicação, 178 em investigação e
duas mortes, além de sete investigadas em território paulista. Para reforçar o atendimento, foram distribuídas 2,5 mil ampolas do antídoto para intoxicação por metanol a 20 hospitais de referência.
O governador relatou ainda que o gabinete de crise, criado na semana passada, segue reunindo secretarias estaduais, polícias, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e vigilâncias sanitárias municipais. "É um problema que a gente entende que vai ter que trabalhar em cooperação, todas as esferas, todos os entes, para que a gente possa garantir aquilo que é mais importante: a tranquilidade para o nosso cidadão."
Entre as medidas já em andamento, estão o
treinamento de profissionais de saúde, a emissão de notas técnicas com protocolos de atendimento e ações conjuntas de fiscalização em
bares, festas e distribuidoras.
Crise do metanol no setor de bebidas
Nos últimos dias, 11 estabelecimentos foram interditados cautelarmente e milhares de garrafas sem comprovação de origem foram apreendidas. Em Barueri, 128 mil garrafas lacradas foram inspecionadas por falta de documentação; em Araraquara, outras 1,5 mil. Em setembro, o governo contabilizou mais de 43 mil ações de fiscalização nos 645 municípios paulistas. Além disso, apenas na última semana, a Polícia Civil apreendeu mais de 100 mil insumos usados na falsificação, entre rótulos, tampas e lacres.
As investigações também resultaram na prisão de 20 pessoas, entre elas o principal fornecedor de insumos para falsificação de bebidas do estado. Até agora, as autoridades não identificaram vínculos claros entre os grupos detidos. "Nós temos várias organizações ou várias quadrilhas, várias associações criminosas, ou nós temos uma associação criminosa — isso ainda está sendo apurado", disse o governador.
Uma das hipóteses levantadas é que a contaminação por metanol tenha ocorrido no processo de lavagem de garrafas usadas, quando normalmente se emprega etanol, mas pode ter havido troca indevida da substância.
"Existem regras de logística reversa que infelizmente não estão sendo cumpridas. Um grande insumo para o falsificador é a garrafa que chega até ele. Essa garrafa não vai para a reciclagem, mas sim para o mercado negro, e facilita a falsificação."
Ele também comentou que "o que a gente viu até agora é que essas pessoas presas não têm relação entre si, não têm vínculo entre uma pessoa e outra, ou seja, um grupo que foi preso
em São Paulo não tem relação com o grupo que foi preso em Americana, que não tem relação com o grupo que foi preso em Santo André ou em Jundiaí".
Tarcísio pediu que a população colabore com denúncias por meio do 151, do Procon, ou 181, além dos sites oficiais do governo. Há também parcerias com a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) para criar um programa de combate à falsificação.
O secretário da Segurança, Guilherme Derrite, reforçou que não há indícios de participação de facções criminosas. "Nenhum dos 41 presos pertenceu a organização criminosa. O que temos até aqui são associações criminosas, mas muito diferentes de facções hierarquizadas. Até agora, não há nenhum indício de participação do PCC [Primeiro Comando da Capital]", disse.
Uma das linhas de apuração é que o etanol contaminado por metanol tenha sido usado por engano em destilarias clandestinas.
Anteriormente, a Polícia Federal anunciou investigações sobre o caso, sendo que uma das linhas apontadas é a de que o PCC teria utilizado estoques sobressalentes da substância química — que seriam utilizados em combustíveis adulterados — para produzir insumos alcoólicos.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).
