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Embaixador chama BRICS de força construtiva e diz que Brasil deve ampliar presença na Ásia Central
Embaixador chama BRICS de força construtiva e diz que Brasil deve ampliar presença na Ásia Central
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Recém-nomeado embaixador do Brasil na Rússia e Uzbequistão, Sérgio Rodrigues dos Santos defende que a Ásia Central oferece novas oportunidades estratégicas... 13.10.2025, Sputnik Brasil
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O embaixador brasileiro Sérgio Rodrigues dos Santos recém-nomeado para a Rússia e, cumulativamente, para o Uzbequistão, destacou o crescente interesse do Brasil pela Ásia Central, região que vem passando por profundas transformações econômicas, sociais e políticas. Segundo ele, o desenvolvimento acelerado dos países locais — com destaque para o Uzbequistão — abre novas possibilidades de cooperação internacional.Nesse contexto, o diplomata vê uma oportunidade estratégica para ampliar a presença brasileira na Eurásia, não apenas no campo político e diplomático, mas também em áreas econômicas e sociais. Ele defende que o Brasil deve aproveitar o momento positivo da região para fortalecer laços e explorar novas frentes de colaboração com os países da Ásia Central.O diplomata brasileiro destacou o papel estratégico da parceria entre Brasil e Rússia na promoção da multipolaridade global.Ao abordar suas prioridades diplomáticas, o representante ressaltou que a relação bilateral é madura e próxima de completar 200 anos. Ele apontou áreas como ciência, tecnologia, energia nuclear, espaço e cultura como pilares da cooperação, citando a recente apresentação da Escola Bolshoi como exemplo do intercâmbio cultural entre os países.O diplomata também destacou que o atual cenário internacional abre novas oportunidades de colaboração.Em 2024, o comércio entre Brasil e Rússia atingiu o recorde de US$ 12,4 bilhões (mais de R$ 68,8 bilhões), tornando Moscou o 8º maior parceiro comercial de Brasília. O diplomata celebrou o avanço, mas alertou para o desequilíbrio nas trocas: enquanto as exportações brasileiras se mantiveram estáveis, as importações — especialmente de fertilizantes e óleo diesel — cresceram de forma expressiva.Sérgio classificou o fornecimento russo de fertilizantes como estratégico para a segurança alimentar global e para a competitividade do agronegócio brasileiro. O aumento das importações de diesel também foi apontado como fator relevante para o controle da inflação no Brasil, mas é no setor de fertilizantes que o embaixador enxerga uma oportunidade de negócios.Do lado brasileiro, o diplomata reconheceu que há espaço para expandir os investimentos na Rússia, e defendeu uma atuação mais proativa para diversificar a presença brasileira no mercado russo, aproveitando o potencial ainda não explorado da relação bilateral.No que diz respeito à participação de Moscou e Brasília na construção de um mundo multipolar, o embaixador destacou especialmente a forma como o BRICS se posicionou em meio às tensões geopolíticas e das sanções internacionais. Para o diplomata, o cenário de crise internacional fortalece ainda mais o papel do BRICS como alternativa para ampliar comércio e investimentos entre seus integrantes e com o restante do mundo.Ao comentar o papel da cultura nas relações bilaterais, o embaixador ressaltou a importância da arte, da música e da literatura como ferramentas para promover o entendimento mútuo entre Brasil e Rússia. Mencionando expoentes russos como Dostoiévski, Tolstói, Bulgákov e Tchekhov, Sérgio destacou que ambos os países possuem tradições culturais ricas e universais. Para ele, a cultura é uma importante ferramenta para desenvolver o "entendimento mútuo entre os dois países e assim aprofundar mais as nossas relações", concluiu.
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Embaixador chama BRICS de força construtiva e diz que Brasil deve ampliar presença na Ásia Central
Especiais
Recém-nomeado embaixador do Brasil na Rússia e Uzbequistão, Sérgio Rodrigues dos Santos defende que a Ásia Central oferece novas oportunidades estratégicas para o Brasil. Em entrevista à Sputnik, ele destaca o papel do BRICS, o avanço comercial com Moscou e o valor da cultura como ponte diplomática.
O embaixador brasileiro Sérgio Rodrigues dos Santos recém-nomeado para a Rússia e, cumulativamente, para o Uzbequistão, destacou o
crescente interesse do Brasil pela Ásia Central,
região que vem passando por profundas transformações econômicas, sociais e políticas. Segundo ele, o desenvolvimento acelerado dos países locais — com destaque para o Uzbequistão — abre novas possibilidades de
cooperação internacional.
Nesse contexto, o diplomata vê uma oportunidade estratégica para ampliar a
presença brasileira na Eurásia,
não apenas no campo político e diplomático, mas também em áreas econômicas e sociais. Ele defende que o Brasil deve aproveitar o momento positivo da região para fortalecer laços e explorar novas frentes de colaboração com os países da Ásia Central.
O diplomata brasileiro destacou o
papel estratégico da parceria entre Brasil e Rússia na
promoção da multipolaridade global.
"O Brasil e a Rússia são dois países que desempenham um papel construtivo no sistema internacional, de defesa do direito internacional, do multilateralismo e da busca de soluções coletivas e negociadas para problemas que são globais e internacionais", destacou. Ele ressalta ainda que ambos os países atuam em fóruns multilaterais como BRICS, G20 e ONU, defendendo o direito internacional e soluções negociadas para desafios globais e de forma coordenada.
Ao abordar suas prioridades diplomáticas, o representante ressaltou que a relação bilateral é madura e próxima de completar 200 anos. Ele apontou
áreas como ciência, tecnologia, energia nuclear, espaço e cultura como
pilares da cooperação, citando a recente apresentação da Escola Bolshoi como exemplo do intercâmbio cultural entre os países.
O diplomata também destacou que o atual cenário internacional abre novas oportunidades de colaboração.
"Tem muitas coisas que a gente ainda pode fazer, porque tem muito potencial e muitas oportunidades novas acontecendo, que nós precisamos aproveitar em todos esses setores, inclusive em função do momento internacional que nós estamos vivendo, da aplicação de sanções, não somente contra a Rússia, mas também contra o Brasil", ressaltou Sérgio Rodrigues dos Santos.
Em 2024, o
comércio entre Brasil e Rússia atingiu o
recorde de US$ 12,4 bilhões (mais de R$ 68,8 bilhões), tornando Moscou o 8º maior parceiro comercial de Brasília. O diplomata celebrou o avanço, mas alertou para o desequilíbrio nas trocas: enquanto as exportações brasileiras se mantiveram estáveis, as importações — especialmente de fertilizantes e óleo diesel — cresceram de forma expressiva.
Sérgio classificou o
fornecimento russo de fertilizantes como estratégico para a segurança alimentar global e para a competitividade do agronegócio brasileiro. O
aumento das importações de diesel também foi apontado como fator relevante para o controle da inflação no Brasil, mas é no setor de fertilizantes que o embaixador enxerga uma oportunidade de negócios.
"Não apenas as empresas russas estão exportando fertilizantes para o Brasil, mas elas também, algumas delas, estão investindo no Brasil para a produção de fertilizantes no nosso país. Então isso é muito importante porque contribui para a construção de uma maior autonomia do nosso agronegócio, do nosso setor exportador agrícola", afirmou.
Do lado brasileiro, o
diplomata reconheceu que
há espaço para expandir os investimentos na Rússia, e defendeu uma atuação mais proativa para diversificar a presença brasileira no mercado russo, aproveitando o potencial ainda não explorado da relação bilateral.
No que diz respeito à participação de Moscou e Brasília na construção de um mundo multipolar, o embaixador destacou especialmente a forma como o
BRICS se posicionou em meio às tensões geopolíticas e das
sanções internacionais.
O embaixador afirmou que o BRICS não se posiciona contra outros blocos, mas sim como "uma força positiva, construtiva, colaborativa". Segundo ele, o grupo tem gerado resultados concretos, como a criação de um banco próprio e arranjos financeiros que beneficiam seus membros "e a prova disso, do sucesso do BRICS, é o fato de que existem dezenas de países que manifestaram interesse em se tornar membros do BRICS".
Para o diplomata, o
cenário de crise internacional fortalece ainda mais o papel do BRICS como
alternativa para ampliar comércio e investimentos entre seus integrantes e com o restante do mundo.
Ao comentar o papel da cultura nas relações bilaterais, o embaixador ressaltou a importância da arte, da música e da literatura como ferramentas para promover o entendimento mútuo entre Brasil e Rússia. Mencionando expoentes russos como Dostoiévski, Tolstói, Bulgákov e Tchekhov, Sérgio destacou que
ambos os países possuem tradições culturais ricas e universais. Para ele, a cultura é uma
importante ferramenta para desenvolver o "entendimento mútuo entre os dois países e assim aprofundar mais as nossas relações", concluiu.
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