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James Webb observa fenômeno raro em buraco negro no centro da Via Láctea (IMAGEM)

© NASA GSFC/CIL/Adriana Manrique GutierrezRepresentação artística do Telescópio Espacial James Webb
Representação artística do Telescópio Espacial James Webb - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2025
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Astrônomos usaram o Telescópio Espacial James Webb para observar pela primeira vez erupções de Sagitário A* no infravermelho médio, revelando sinais que permitiram medições inéditas da intensidade dos campos magnéticos ao redor do buraco negro supermassivo da Via Láctea.
Pela primeira vez, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) foi utilizado para observar erupções na faixa do infravermelho médio de Sagitário A*, o gigantesco buraco negro no centro da Via Láctea. Essa nova perspectiva pode ajudar a compreender como os buracos negros lançam erupções e qual o papel dos campos magnéticos nesse processo.
Até então, as erupções eram registradas em comprimentos de onda como o infravermelho próximo e o rádio, cada um revelando aspectos distintos do fenômeno. A ausência de dados no infravermelho médio era uma lacuna importante, agora preenchida pelas observações do JWST, divulgadas em janeiro de 2025.
© Foto / CfA/Mel WeissEsta representação artística da erupção infravermelha média em Sagitário A* captura o movimento aparente da erupção à medida que elétrons energizados espiralam ao longo das linhas do campo magnético do buraco negro supermassivo, aumentando sua intensidade. Essas mudanças, ou variabilidade na intensidade, são conhecidas como emissão síncrotron
Esta representação artística da erupção infravermelha média em Sagitário A* captura o movimento aparente da erupção à medida que elétrons energizados espiralam ao longo das linhas do campo magnético do buraco negro supermassivo, aumentando sua intensidade. Essas mudanças, ou variabilidade na intensidade, são conhecidas como emissão síncrotron - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2025
Esta representação artística da erupção infravermelha média em Sagitário A* captura o movimento aparente da erupção à medida que elétrons energizados espiralam ao longo das linhas do campo magnético do buraco negro supermassivo, aumentando sua intensidade. Essas mudanças, ou variabilidade na intensidade, são conhecidas como emissão síncrotron
Segundo Sebastiano von Fellenberg, do Instituto Max Planck de Radioastronomia, os novos dados mostram que as erupções no infravermelho médio se assemelham às do infravermelho próximo, mas diferem das variações registradas em rádio. Pela primeira vez, a equipe conseguiu observar a fonte em quatro comprimentos de onda simultaneamente, permitindo medir o índice espectral dessa faixa.
Essas medições revelaram a ocorrência do chamado "resfriamento síncrotron", processo em que elétrons de alta velocidade perdem energia ao emitir radiação síncrotron. Essa energia alimenta as emissões no infravermelho médio, confirmando um comportamento esperado, mas nunca antes observado com clareza.
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A descoberta é relevante porque a velocidade desse resfriamento depende da intensidade do campo magnético. Assim, os cientistas puderam medir esse parâmetro de forma independente, sem depender de suposições sobre o número de elétrons presentes, tornando os modelos teóricos mais precisos.
Von Fellenberg destacou que essa nova forma de medir o campo magnético é "limpa" e útil para estudos de Sagitário A*, já que a intensidade magnética é crucial para entender o comportamento das erupções. Até então, medições no infravermelho próximo não permitiam essa independência de variáveis.
Esses avanços só foram possíveis graças ao JWST e ao modo de operação do Espectrômetro de Média Resolução (MRS, na sigla em inglês) do instrumento MIRI. Como explicou o pesquisador, apenas no espaço é possível obter tamanha sensibilidade no infravermelho médio, já que a atmosfera terrestre interfere fortemente nesse comprimento de onda.
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