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Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro ao Planalto divide setores da direita
Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro ao Planalto divide setores da direita
Sputnik Brasil
Lideranças da já fragmentada ala divergem sobre a capacidade do senador de reunir votos para vencer a disputa. Mercado reagiu mal ao anúncio, com a Bolsa... 06.12.2025, Sputnik Brasil
2025-12-06T16:18-0300
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O anúncio do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de que vai se lançar à disputa presidencial no lugar do pai, Jair Bolsonaro, nas eleições de 2026 frustrou lideranças da direita aliadas ao ex-presidente.Segundo noticiou o portal Poder360, o maior temor da ala da direita mais próxima a Bolsonaro é que a alta rejeição ao nome da família impõe um limite de votos que o senador poderia alcançar na corrida.Há ainda a preocupação de que uma eventual candidatura de Flávio limite o debate político a temas morais e identitários, reeditando o ocorrido no pleito de 2022, desviando o foco de questões econômicas e da segurança pública, esta última apontada como o tema mais quente da próxima eleição, que a direita considera de difícil abordagem para Lula e seu partido, o PT.O lançamento da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro também desagradou ao mercado econômico. Na sexta-feira (4), dia em que Flávio anunciou ter sido escolhido pelo pai, a Bolsa de Valores registrou o maior tombo desde 2021, um dia após ter atingido um novo recorde histórico, fechando em queda de 4,31%, um recuo de 7.086 pontos em relação ao dia anterior.Apesar disso, integrantes da direita otimistas em relação ao anúncio afirmam que Flávio é o membro com mais habilidade política da família Bolsonaro e possui uma frieza que os irmãos Eduardo e Carlos Bolsonaro não têm. A avaliação é que isso conferiria vantagem no diálogo com a centro-direita e na formulação de uma campanha mais calculada.Outro ponto positivo para essa ala é o fato de que Flávio já carrega o nome Bolsonaro, o que excluiria a necessidade de tentar se associar ao ex-presidente observada em outros nomes cotados pela direita, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). Eles afirmam ainda que Flávio é um bom nome para liderar o debate da segurança pública no pleito, por ser aliado do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), que acirrou o debate do tema após lançar a controversa megaoperação no Complexo do Alemão, que deixou 122 mortos.Na noite de sexta-feira (5), dois dos principais nomes que disputam o espólio bolsonarista para a disputa se manifestaram sobre o anúncio em postagens nas redes sociais. Caiado afirmou que a decisão cabia a Bolsonaro e deve ser respeitada.O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), afirmou que quando anunciou sua candidatura a Bolsonaro recebeu uma resposta clara do ex-presidente de que múltiplas candidaturas ajudariam a somar força no pleito.Outros dois nomes cotados pela direita, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD-PR), e Tarcísio, este considerado o mais fiel a Bolsonaro, ainda não se manifestaram sobre o anúncio.
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Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro ao Planalto divide setores da direita
16:18 06.12.2025 (atualizado: 21:41 06.12.2025) Lideranças da já fragmentada ala divergem sobre a capacidade do senador de reunir votos para vencer a disputa. Mercado reagiu mal ao anúncio, com a Bolsa registrando a maior queda desde 2021, após atingir sucessivos recordes.
O anúncio do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de que vai se lançar à disputa presidencial no lugar do pai, Jair Bolsonaro, nas eleições de 2026 frustrou lideranças da direita aliadas ao ex-presidente.
Segundo
noticiou o portal Poder360, o maior temor da ala da direita mais próxima a Bolsonaro é que
a alta rejeição ao nome da família impõe um limite de votos que o senador poderia alcançar na corrida.
Há ainda a preocupação de que uma eventual candidatura de Flávio limite o debate político a temas morais e identitários, reeditando o ocorrido no pleito de 2022, desviando o foco de questões econômicas e da segurança pública, esta última apontada como o tema mais quente da próxima eleição, que a direita considera de difícil abordagem para Lula e seu partido, o PT.
O lançamento da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro também desagradou ao mercado econômico. Na sexta-feira (4), dia em que Flávio
anunciou ter sido escolhido pelo pai,
a Bolsa de Valores registrou o maior tombo desde 2021, um dia após ter atingido um novo recorde histórico, fechando em queda de 4,31%, um recuo de 7.086 pontos em relação ao dia anterior.
Apesar disso, integrantes da direita otimistas em relação ao anúncio afirmam que Flávio é o membro com mais habilidade política da família Bolsonaro e possui uma frieza que os irmãos Eduardo e Carlos Bolsonaro não têm. A avaliação é que isso conferiria vantagem no diálogo com a centro-direita e na formulação de uma campanha mais calculada.
Outro ponto positivo para essa ala é o fato de que Flávio já carrega o nome Bolsonaro, o que excluiria a necessidade de tentar se associar ao ex-presidente observada em outros nomes cotados pela direita, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO).
Eles afirmam ainda que Flávio é um bom nome para liderar o debate da segurança pública no pleito, por ser aliado do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), que acirrou o debate do tema após lançar a controversa megaoperação no Complexo do Alemão, que deixou 122 mortos.
Na noite de sexta-feira (5), dois dos principais nomes que
disputam o espólio bolsonarista para a disputa se manifestaram sobre o anúncio em postagens nas redes sociais. Caiado afirmou que
a decisão cabia a Bolsonaro e deve ser respeitada.
"É uma decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com sua família, e cabe a todos nós respeitá-la. Ele tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro. Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros", escreveu.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), afirmou que quando anunciou sua candidatura a Bolsonaro recebeu uma resposta clara do ex-presidente de que múltiplas candidaturas ajudariam a somar força no pleito.
"Então, faz todo sentido o Flávio apresentar seu nome à presidência. É justo e democrático. Sigo trabalhando todos os dias para tirar o PT do Palácio do Planalto, assim como fizemos em Minas Gerais, quando derrotamos o PT e encerramos anos de má gestão. O brasileiro precisa voltar a se orgulhar de nosso país, eu acredito que podemos muito mais", escreveu Zema.
Outros dois nomes cotados pela direita, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD-PR), e Tarcísio, este considerado o mais fiel a Bolsonaro, ainda não se manifestaram sobre o anúncio.
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