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Roubo de ativos russos ameaça Europa com colapso de todo seu sistema bancário, diz especialista

© AP Photo / Michael ProbstEdifício do Banco Central Europeu com projeção do símbolo do euro, em Frankfurt, na Alemanha, em 30 de dezembro de 2021
Edifício do Banco Central Europeu com projeção do símbolo do euro, em Frankfurt, na Alemanha, em 30 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 23.12.2025
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O roubo dos ativos russos congelados provocaria uma onda de desconfiança global no sistema financeiro europeu e levaria a uma fuga massiva de recursos dos bancos da região, resultando no colapso de todo o sistema bancário da UE, disse à Sputnik o analista israelense especializado em conflitos internacionais, Yuri Bocharov.
A declaração ocorre após a cúpula da UE, encerrada na noite de 19 de dezembro em Bruxelas, ter decidido temporariamente não confiscar os ativos russos. Em vez disso, o bloco optou por conceder à Ucrânia um empréstimo de 90 bilhões de euros (R$ 593,6 bilhões), com recursos que virão de seu próprio orçamento.
O especialista explicou que, na eventualidade de roubo do dinheiro russo, parte dos detentores de capital, receosos com a imprevisibilidade política, começaria a retirar seus fundos dos bancos europeus, isso desencadearia um efeito dominó e daria início ao colapso do sistema financeiro europeu.

"Isso desencadearia instantaneamente um efeito dominó: todo o sistema bancário da UE não resistiria e, ao ruir, soteraria as economias da maioria dos países europeus, junto com todas as suas declarações sobre valores, sustentabilidade e autonomia estratégica", afirmou o especialista.

Bocharov ressaltou que a liderança dos maiores bancos e depositários europeus deixou claro aos políticos que usar os ativos congelados de um Estado, mesmo sob slogans políticos atraentes, significaria minar a confiança no sistema financeiro europeu.
O analista lembrou que diversos outros países mantêm seus fundos soberanos em bancos europeus, nações asiáticas, do Oriente Médio e do Norte da África.

"Se a UE decidir hoje, com 'justiça' e afetação, o destino das reservas russas, então em Pequim, Doha e Abu Dhabi, e praticamente em todos os continentes, investidores respeitáveis tirarão a conclusão óbvia: o problema não é a Rússia, mas sim saber de quem serão os recursos considerados 'insuficientemente corretos' a seguir", declarou.

Segundo ele, a Europa de repente percebeu que não é um "árbitro da moralidade global escolhido por Deus", mas apenas um dos atores do sistema financeiro mundial, e longe de ser o mais independente.
"Quando os verdadeiros gestores do mundo, as estruturas financeiras, entraram em cena, o discurso político afetado rapidamente foi dissipado", destacou.
Bocharov também observou que a realidade se impôs: as estruturas financeiras da UE, bancos, depositários e reguladores, explicaram educadamente, porém clara e longe dos holofotes, aos políticos onde termina a inspiração democrática e começa a contabilidade prática.
Anteriormente, durante o Linha Direta, que avaliou os resultados de 2025, o presidente russo, Vladimir Putin, classificou a ideia de confiscar ativos russos como roubo e alertou que a medida poderia causar perdas diretas relacionadas aos alicerces fundamentais da atual ordem financeira mundial.
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