O presidente dos EUA Donald Trump anunciou na sua conta no Twitter o corte de fundos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina. Na sua mensagem Trump disse que a Palestina não mostra suficiente "reconhecimento ou agradecimento" apesar de receber centenas de milhões de dólares.
Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina declarou que não sucumbirão à "chantagem" dos EUA, informou a agência AFP.
"Não cederemos à chantagem. Ele [Donald Trump] atreve-se a culpar os palestinos pelas consequências de suas ações irresponsáveis", afirmou uma funcionária da OLP ao comentar a ameaça do presidente dos EUA.
Além disso, os representantes do presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, declararam que Jerusalém “não está à venda” depois de Trump ter ameaçado cortar a ajuda anual de 300 milhões de dólares [cerca de um bilhão de reais] com o objetivo de obrigar os palestinos a sentar-se à mesa de negociações.
As relações entre Palestina e os Estados Unidos estão em seu nível mais baixo após Trump romper um consenso diplomático de décadas e reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
Entretanto, a maioria dos países não reconhece esta anexação e vê o assunto como um dos problemas principais do conflito israelense-palestino, que deveria ser resolvido na base de um acordo com os palestinos. Por isso, todas as embaixadas estrangeiras em Israel, incluindo a norte-americana, se situam em Tel Aviv.