Ontem (4), a entidade militar russa comunicou que as forças de segurança sírias tinham reforçado a guarda do território adjacente à base após um ataque realizado por um grupo de radicais.
No mesmo dia, a 15 quilômetros do aeródromo de Hama, caiu um helicóptero russo Mi-24. Ambos os pilotos morreram, enquanto um técnico de bordo ficou ferido, tendo sido evacuado a um estabelecimento médico. O ministério explicou que o helicóptero tinha sofrido uma falha técnica.
"A base aérea de Hmeymim em Latakia, na Síria, que antigamente era um aeroporto civil, parece estar precisando de equipamentos adicionais, particularmente, abrigos de concreto armado fechados para os aparelhos aéreos", disse Elena Sevastyanova à Sputnik.
A militar enfatizou que os aviões de ataque devem ficar não em estacionamentos abertos, mas em abrigos de concreto armado fechados que até permitem ativar o motor da aeronave sem sair deles. Isto, por sua vez, "ajuda a defender de forma eficiente uma aeronave, os pilotos e o pessoal técnico da destruição em resultado de um ataque de mísseis ou bomba, de artilharia ou de morteiros".
"Os sistemas e complexos de defesa antiaérea não atingem as minas ou munições de artilharia. Em princípio, parece que é possível interceptar até estas munições durante o voo. Mas o melhor é impedir tais ataques com a ajuda de inteligência, inclusive espacial, de aviação e de artilharia", acredita a especialista.
Deste modo, diz a militar russa, é melhor neutralizar os militantes antes que estes implantem suas peças de artilharia de fabrico caseiro a alguns quilômetros da instalação militar russa.
Elena Sevastyanova apontou que os terroristas na Síria provavelmente têm em sua disposição morteiros de calibre entre 82 e 120 mm.
"Não acredito que eles possuam nossos morteiros autopropulsados de 240 mm, Tyulpan, ou seus análogos", acrescentou.
Em dezembro de 2017, o presidente Vladimir Putin anunciou a retirada de uma parte do contingente militar da Síria, mas um grupo da Força Aeroespacial da Rússia permaneceu na base de Hmeymim.