Os drones decolaram de uma área no sudoeste da zona de desescalada na província síria de Idlib controlada pela oposição moderada, informou nesta quarta-feira (10) o jornal Krasnaya Zvezda, veículo de imprensa oficial do Ministério da Defesa russo.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em ciências políticas Bogdan Bezpalko falou sobre os prováveis motivos do ataque.
"As palavras 'oposição moderada' não devem enganar a ninguém. Ela não é moderada de jeito nenhum, trata-se de inimigos do presidente legítimo sírio Bashar Assad e da Rússia, tais como o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países]. Nesta situação é evidente que, na sequência dos êxitos do exército sírio, esta 'oposição' se tornou mais ativa e resolveu provocar danos ao exército russo. Contudo, por esta tarefa ser difícil de cumprir, eles usaram drones. Em minha opinião, trata-se de uma vantagem para a Rússia, no sentido que agora possuímos experiência para repelir os ataques deste tipo", assinalou Bogdan Bezpalko.
De acordo com Bogdan Bezpalko, este fato prova que os norte-americanos estiveram envolvidos no ataque.
"A presença de um avião de reconhecimento dos EUA ali indica que de alguma maneira os norte-americanos estiveram envolvidos no ataque, que eles forneceram informações e talvez tenham ajudado a planejar e realizar a operação com drones. Vale recordar que os estadunidenses também permanecem na Síria sem terem solicitado permissão, eles se encontram na área da cidade de Al-Tanf, onde está situada uma infraestrutura militar sua que, apesar dos protestos da Síria, continua sendo considerada pelos EUA como um ponto de apoio de sua presença na Síria", assinalou o especialista.