Segundo o prefeito, o Rio precisará de segurança absoluta porque é esperado um público recorde para os festejos: 6 milhões de foliões.
"Isso chama a atenção porque a responsabilidade pela Segurança Pública é do estado. E como esta tarefa impacta diretamente as Polícias Civil e Militar, creio que os dois órgãos deveriam ter sido consultados pela Prefeitura até porque ela é a grande responsável como promotora do Carnaval”, disse ele.
Na opinião de Paulo Storani, a atuação dos órgãos estaduais é imprescindível à segurança da folia, dos foliões e da população em geral. O ex-instrutor do BOPE acredita que foi "uma precipitação por parte do prefeito, talvez até mesmo no sentido de produzir notícia".
"Nada poderá funcionar [apenas] com Guarda Municipal e com segurança privada, como quer o prefeito, se não houver a atuação das polícias. Só os governadores podem pedir apoio militar ao governo federal, prefeitos não têm competência para isso. Este episódio está demonstrando uma dissonância entre a prefeitura do Rio e o governo do Estado do Rio”, argumenta.
De acordo com o especialista, não deve haver dúvidas quanto à atuação das forças estaduais durante o carnaval.
"Segurança no carnaval do Rio de Janeiro sempre foi feita com as duas polícias, civil e militar. Se hoje estas instituições não prestam serviços adequados à população, não é por culpa delas e sim por fatores de ordem estrutural que estão acima destas corporações”, conclui.
Governador rejeita pedido
Na última sexta-feira (12), após se reunir no Palácio Guanabara com os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Torquato Jardim, o governador do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse que em hipótese alguma iria pedir a presença de militares para a segurança da população no Carnaval.
Por sua vez, Raul Jungmann, declarou não haver hipótese para esta utilização. De acordo com o ministro, se um possível pedido do Rio de Janeiro fosse atendido, o Ministério da Defesa também teria de deslocar militares para outras cidades que, em suas palavras, “também têm grandes carnavais” como Salvador, Recife, Olinda, Natal, etc.