"Fui um dos organizadores da Stop the War, possivelmente a maior manifestação na história britânica", disse Galloway."Dois milhões de pessoas antes da guerra [do Iraque] em 2003. Agora tínhamos perspectiva de organizar uma manifestação ainda maior, mas cancelada após a declaração absurda de Donald Trump. Por não gostar do novo imóvel da nova embaixada americana, ele decidiu não vir".
Galloway ainda comentou ironicamente sobre o fato de ter sido o republicano George W. Bush — e não Obama, como acusou Trump — a autorizar a mudança da instalação diplomática.
"Há muitas coisas pelas quais culpar Obama, mas a nova embaixada ao sul do Tâmisa, que Trump evidentemente pensa ser uma parte ruim de Londres, é um mau exemplo. Eu não me importo se é um bom ou um mau negócio, mas sinto que nos foi privada a oportunidade de enviar uma mensagem mundial de rejeição das políticas externas de Donald Trump, de seu fluxo interminável de excreções no Twitter e claro, da sua mais recente explosão racista, que com razão foi condenada em todo o mundo", protestou, referindo-se ao suposto comentário do presidente classificando o Haiti, El Salvador e várias nações africanas como "países de m*rda".
"As palavras de Donald Trump não tem precedentes de tão feias", disse Galloway. "Mas as ações dos Estados Unidos contra o Haiti ao longo dos séculos — e não estou falando de anos ou décadas — foram ainda piores do que as palavras mais horríveis que Donald Trump possa invocar".
Galloway, porém, declarou ver um ponto positivo no comando de Trump. "É uma coisa boa que a liderança americana seja tão horrível quanto atualmente. Teria sido pior se Hillary Clinton tivesse sido líder norte-americana, porque isso teria lhe conferido um senso injustificado de respeitabilidade por conjunto de visões de mundo realmente ruins".