O governo, por sua vez, não chegou a revelar se projeto era supervisado pelo Departamento de Defesa ou pela inteligência norte-americana. Ao lhe ser perguntado sobre o status do projeto que custou um bilhão de dólares e poderia ter desaparecido para sempre, a porta-voz do Pentágono se recusou a comentar, provocando um debate acalorado na sala de imprensa da entidade.
"Eu tenho que redirecioná-lo à SpaceX, que conduziu o lançamento", afirmou a porta-voz, Dana White, na quinta-feira (11), em resposta à pergunta se o projeto tinha alcançado o êxito ou falhado, comunica o portal Military.com.
"É um satélite que custou um bilhão de dólares. Passaram 4 dias. Foi um sucesso ou fracasso, qual foi o destino do satélite?", perguntou o correspondente da Bloomberg, Tony Capaccio.
"Não vamos fornecer-lhes mais nenhumas informações", reagiu o tenente-general dos Marines dos EUA, Kenneth McKenzie.
"Responsabilidade é aqui uma das vossas pedras angulares. O secretário [de Defesa James] Mattis o tem dito várias vezes. Eu estou perguntando do ponto de vista da responsabilidade. Os senhores poderiam nos dar uma noção se esta missão é considerada como sucesso ou fracasso?", continuou o jornalista.
"Mas os senhores são o governo. Os senhores pagaram por isso. São os supervisores. E agora os senhores nos pedem que nos dirijamos à empresa que pode ter sido parcialmente responsável pelo problema? Isto não faz sentido nenhum", afirmou.
A empresa SpaceX, por seu turno, refutou toda a culpa pelo possível fracasso da missão.
"Na noite de domingo, o Falcon 9 fez tudo correto. Caso nós ou outros encontrarmos fatos opostos no futuro, relataremos isso imediatamente", diz o comunicado da empresa privada.
Entretanto, a SpaceX adiantou que não pode fazer quaisquer outros comentários, pois a missão "é classificada".