Um dos problemas que ultimamente têm enfrentado os médicos são as chamadas "superbactérias" — micróbios resistentes a um ou vários antibióticos. Entres estas estão tanto bactérias raras como os comuns estafilococos (Staphilococcus aureus) e Pneumococo (Klebsiella pneumoniae). É provável que com o tempo todos os antibióticos percam sua eficiência contra tais bactérias, temem médicos.
Segundo médicos, as principais "incubadoras" destes micróbios são hospitais veterinários e fazendas de criação de animais que usam antibióticos para acelerar crescimento da carne do gado.
Baseando-se nos dados do estudo, cientistas dividiram as pessoas analisadas em duas categorias: as que praticam surf e as que preferem outros esportes aquáticos. O número de micróbios resistentes a antibióticos é três vezes maior nos organismos de surfistas, afetando um de cada dez deles.
"Não estamos dizendo que a humanidade deva evitar o mar e nunca praticar surf, atividade que faz bem à saúde física e mental das pessoas. Por outro lado, é necessário que as pessoas entendam todos os riscos ligados ao surf", afirmou Gaze.
Por que surfistas acabaram sendo os principais vetores de superbactérias? Médicos acreditam que isso se deve a dois fatores. Primeiro, eles engolem aproximadamente 10 vezes mais água do que nadadores e mergulhadores comuns. Além disso, surfistas praticam esporte nas águas costeiras com alta porcentagem de águas residuais que, por sua vez, contêm tanto antibióticos, como superbactérias, "criadas" em granjas e hospitais.