Quem tem o maior botão? Coreia do Norte chama Trump de 'lunático' e 'cão raivoso'

A Coreia do Norte levou quase duas semanas para responder ao presidente dos EUA, Donald Trump, que esteve se gabando do tamanho de seu "botão nuclear", o que para um jornal estatal norte-coreano não passa de um "espasmo de um lunático" e "latido de um cão raivoso".
Sputnik

A resposta veio em uma das últimas edições do Rodong Sinmun, o jornal oficial do partido no poder da Coreia do Norte.

No tweet controverso, Trump zombou do líder norte-coreano Kim Jong-um por ter dito, no discurso de Ano Novo, que ele tinha um botão nuclear na sua mesa e poderia ordenar um ataque contra os EUA se o país asiático estiver ameaçado. O presidente estadunidense disse que "seu botão" era "um muito maior e mais poderoso", e que realmente funcionava.

Tamanho do botão é passado: Trump diz estar pronto para conversar com Kim Jong-un

A Coreia do Norte, que durante décadas usou um estilo único de comunicação envolvendo ameaças e insultos extravagantes contra seus inimigos, parece ter encontrado uma contrapartida mais do que desejada na Casa Branca. Trump e Kim trocaram insultos pessoais, bem como promessas de morte e destruição, enquanto Pyongyang e Washington continuam paralisados diante dos últimos avanços de Pyongyang em tecnologia de foguetes e nucleares, que deram nova credibilidade à corrida do país para uma dissuasão nuclear contra os EUA.

Ao contrário de Trump, Kim não tem página no Twitter, então as respostas vêm em ritmo lento, com insultos separados por dias — ou, como neste caso, até por semanas. No entanto, Kim, em um ponto, conseguiu divertir os nativos da língua inglesa ao redescobrir a palavra pouco usada para "criticar" a capacidade mental de Trump. O presidente dos EUA inventou o apelido de "pequeno homem foguete" para o líder norte-coreano e se dirigiu a ele "pequeno e gordo" em um de seus tweets.

A marca da retórica de Trump não é apenas reservada para Kim Jong-un, nem se limita ao seu Twitter. Uma das suas mais recentes declarações polêmicas visou o Haiti, Honduras e nações africanas, que ele teria ofendido ao dizer que são "países de m*rda" enquanto argumentava contra a admissão de imigrantes dessas nações para os EUA. O presidente negou ter feito as observações.

A negação não impediu uma onda de respostas ultrajadas, tanto no país como de comentaristas estrangeiros, que acusaram Trump de ser racista e inabilitado para o cargo.

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