Novos e dispendiosos navios da OTAN não estão prontos para combater

O navio mais avançado da Marinha alemã, o Baden-Wurttemberg, fracassou nas provas de mar. As mídias ocidentais já chamaram o projeto F125, de três bilhões de euros (11 bilhões de reais) do maior fiasco na história do país.
Sputnik

Para os especialistas alemães, serão necessários vários anos para aperfeiçoar o navio recém-construído.

Navio assimétrico

As quatro fragatas modernas do projeto F125 devem substituir os navios obsoletos da classe Bremen da Marinha da Alemanha.  O trunfo das fragatas é a sua alta automatização.  A tripulação do Baden-Wurttemberg é de somente 120 marinheiros, o que é muito pouco para um navio de 150 metros de comprimento.

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Contudo, o sistema tem vários problemas. Por exemplo, os engenheiros nunca conseguiram fazer com que a estação de radar do navio funcionasse de modo estável. Sem este sistema, o navio se torna cego e vulnerável perante o adversário, mesmo o mais fraco.

Outro problema é que o navio se inclina para um dos lados. Na opinião dos especialistas, esta desvantagem é resultado de erros na projeção. Para corrigir esta falha, é necessário reconstruir totalmente a fragata.

Segundo comunica o Wall Street Journal, mesmo se conseguirem reparar o navio, não está claro se este será capaz de enfrentar grupos terroristas armados com mísseis antinavio. Além disso, será difícil fazer frente aos submarinos russos no Báltico, porque não está prevista a instalação de torpedos e sonares.

Porta-aviões sem escolta

Nos finais do ano passado, a Marinha do Reino Unido enfrentou problemas sérios. Segundo comunica o diário The Times, em novembro o novo destroier HMS Diamond deixou de funcionar no golfo Pérsico. Os marinheiros não conseguiram consertar o motor e o navio teve que ser rebocado para a base britânica.

É de assinalar que hoje em dia a Marinha britânica não possui nenhum destroier operacional. Consequentemente, a antiga "dona dos mares" não tem bastantes navios para proteger o seu único porta-aviões HMS Queen Elizabeth, entregue à frota em dezembro de 2017. Como há pouco notou um membro do parlamento britânico, no caso da guerra de grande escala, o "aeródromo flutuante" ficará desprotegido se não tiver ajuda dos norte-americanos.

Para além disso, o HMS Queen Elizabeth não está protegido por sistemas de defesa antiaérea, com exceção de algumas instalações de artilharia. Mas o impensável aconteceu em 19 de dezembro quando o porta-aviões, no valor de mais de três bilhões de libras esterlinas (13 bilhões de reais), deixou entrar água mesmo no amarradouro.

Submarino dourado

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Até os norte-americanos optaram pela redução de projetos dispendiosos e ambiciosos. Por exemplo, o projeto dos destroieres Zumwalt, que previa a construção de 32 navios, acabou com somente três navios por causa de seu alto custo.

O destroier da série DDG-1000 foi lançado à água em outubro de 2016 e já parou nas águas do canal do Panamá. Em dezembro de 2017, se quebrou seu "irmão" mais novo, o DDG-1001. Além do mais, ainda não há alternativa aos dispendiosos projéteis LRLAP com os quais a instalação de artilharia Zamvolta deveria ser equipada.

Os problemas com navios muito caros, tecnologicamente avançados mas pouco práticos levaram a que o programa dos novos submarinos nucleares da classe Columbia esteja ameaçado. Estes submarinos estratégicos estão destinados a substituir os cruzadores da classe Ohio como portadores de mísseis balísticos de posicionamento marítimo.

Em janeiro de 2018, o órgão responsável pela auditoria, avaliações e investigações do Congresso dos Estados Unidos (Government Accountability Office) declarou que o Pentágono subestima os riscos ligados à construção dos novos submarinos.  Os especialistas têm dúvidas quanto às declarações do Pentágono sobre as características técnicas dos submarinos desta classe, bem como quanto ao custo da sua produção e prazos de entrada em serviço.

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