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Com real forte, brasileiros desafiam violência na Venezuela

Vítima de emboscada de assaltantes, o brasileiro Amaury Castro da Silva foi morto a tiros na Venezuela enquanto viajava com sua família rumo à Ilha de Margarita. O caso chama atenção para o fluxo de turistas brasileiros que aproveitam a valorização do real frente à moeda venezuelana, o bolívar, para conhecer o país vizinho.
Sputnik

A Sputnik Brasil entrevistou Manuel Fernando Estrella, sócio da agência de turismo Estrella, localizada em Boa Vista, Roraima, que vende pacotes para a Venezuela há 18 anos. Estrella conta que toma algumas medidas de precaução para operar no país vizinho, como utilizar apenas carros com placa da própria Venezuela.

"Carro brasileiro é sinônimo de dinheiro" e desperta "cobiça", diz Manuel Fernando Estrella.

A Sputnik Brasil também conversou com jornalistas de Boa Vista e o relato é de que a população local está com medo e hoje evita ir para a Venezuela.

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A informação é confirmada por Estrella, que diz que já chegou a levar 3 mil pessoas para a Ilha de Margarita em uma temporada, mas enfrenta uma outra realidade hoje. "Ano passado, com o agravamento da crise, não conseguimos mais de 100 pessoas. É uma queda radical, as pessoas têm medo de ir."

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil recomenda que os cidadãos brasileiros tenham "alto grau de cautela" e evitem "viagens não-essenciais" para a Venezuela.

Estrella diz que a violência não é uma novidade na Venezuela e que é preciso ter cuidado e planejamento nas viagens, assim como no Brasil.

Segundo ranking das cidades mais violentas do mundo da ONG Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, a venezuelana Caracas é a cidade com maior índice de assassinatos no mundo, mas na lista de 50 localidades, 19 são do Brasil.

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