Bunker de Samara
Construído especialmente para proteger Josef Stalin, o bunker de Samara era considerado a fortificação mais profunda da época da Segunda Guerra Mundial. Situado a 37 metros de profundidade, pode ser muito mais seguro do que o bunker de Hitler, construído a 16 metros debaixo da terra, sem mencionar o gabinete do então premiê britânico, Winston Churchill, localizado a 5 metros debaixo do edifício do Departamento do Tesouro Geral de Sua Majestade.
A cidade de Samara, conhecida como Kuibyshev entre 1935 e 1991, chegou a ser na época uma espécie de "capital reserva", aonde o governo soviético se transportou de Moscou em outubro de 1941 (todos, exceto Stalin que decidiu ficar na capital), quando as tropas nazistas estavam se aproximando cada vez mais das áreas urbanas.
Se conseguir descer pelo poço vertical a seus 14 metros de profundidade, só atravessará o primeiro nível de fortificação. Para chegar até o gabinete de Stalin, terá que passar por outro túnel vertical de 23 metros. O abrigo copia o interior do gabinete de Stalin no Kremlin de Moscou.
Bunker 42 em Moscou
À primeira vista, trata-se de uma discreta casa senhorial de dois andares em uma rua sem saída no centro de Moscou, no bairro de Taganskaya. Mas a sua fachada oculta uma cúpula de cimento de seis metros de espessura que cobre um poço de 60 metros de profundidade. No nível mais profundo, justamente na linha circular do metrô de Moscou, estão conservados quatro túneis conectados entre si que antigamente albergavam o posto de comando dos reservistas da brigada de aviação de longo alcance.
Hoje, este abrigo se converteu no Museu da Guerra Fria. Se quiser mergulhar na atmosfera da Guerra Fria, terá que descer 310 degraus, passar por um túnel larguíssimo e intermináveis corredores separados por portas enormes. No final, será pego(a) de surpresa: se apagarão todas as luzes, todo se encherá de fumaça, são acesas as luzes vermelhas de emergência e um altifalante anunciará que a capital foi atacada pelas armas nucleares. De brincadeira, claro.
Cidade subterrânea de Yamantau
O monte Yamantau, situado no sul dos Urais, hoje em dia continua sendo um objeto de rumores de todo o tipo. Por exemplo, segundo numerosos artigos da imprensa ocidental dos anos 90, o monte passou a ser, até os finais da União Soviética, um enorme complexo subterrâneo com uma fábrica militar secreta em seu anterior, uma segunda residência para o presidente e seu governo e um armazém de munições.
De acordo com os mapas estadunidenses da época, existiria inclusive uma estrada de ferro que chega até o interior do complexo. Também há rumores de que a montanha russa será fechada para os turistas e que seu cume é protegido com muito cuidado. O fato de o exército russo nunca ter feito nenhum comentário sobre a montanha e de ela estar localizada a uma distância cautelosa do Ocidente sugere que algo deve haver dentro do monte.
Depósito de ogivas nucleares Javor 51
Para garantir sua supremacia em caso de guerra nuclear com a Europa, a União Soviética criou numerosos depósitos de ogivas nucleares, secretamente, claro, em vários países do Pacto de Varsóvia. Foi assim no caso de Javor 51, localizado no sudoeste da cidade de Praga, na República Tcheca.
A instalação foi construída em conformidade com os planos soviéticos, mas as obras correram a cargo do Corpo de Engenheiros do exército tcheco, que pensava estar construindo uma estação de telecomunicações. Após conclusão da obra, a instalação foi transferida para o exército soviético que passou a armazenar ogivas soviéticas de mísseis de curto e médio alcance. Só depois do colapso da URSS, as autoridades tchecas se deram conta daquilo que havia lá debaixo.
Os documentos sobre o Javor 51, bem como sobre outras instalações similares, continuam sendo material secreto da Federação da Rússia. Atualmente, este depósito é outro museu da Guerra Fria.
Refúgio submarino de Balaklava
O refúgio submarino de Balaklava, situado no monte de Tavros, na Crimeia, foi construído de mármore de grande resistência. A espessura da rocha que cobre seus túneis e canais supera 100 metros, ou seja, é capaz de suportar um impacto direto de uma bomba de 100 quilotons.