Arábia Saudita anuncia transferência de US$ 1,5 bilhão para o Iêmen

A Arábia Saudita anunciou que irá enviar US$ 1,5 bilhão para o Iêmen. Em guerra civil há três anos, o Iêmen registra o que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera como a pior crise humanitária no mundo.
Sputnik

Riade pretende investir na infraestrutura iemenita e pretende transferir até US$ 2 bilhões em combustível para transportar ajuda humanitária.

Desde março de 2015, a Arábia Saudita lidera uma coalizão de nove países árabes em ataques aéreos contra rebeldes iemenitas e seus aliados, que invadiram a capital do país e forçaram o Governo ao exílio. Os rebeldes, conhecidos houthis, são apoiados pelo rival saudita, o Irã, e continuam a controlar a capital Sanaa e o território no norte do Iêmen, que faz divisa com a Arábia Saudita.

A guerra civil já matou mais de 10 mil pessoas e causou o deslocamento de 3 milhões.

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A Arábia Saudita também transferiu US$ 2 bilhões para o Banco Central do Iêmen para evitar que a moeda do país entrasse em colapso. A situação iemenita piorou muito após a coalizão internacional liderada pelos sauditas bloquearem todos os portos do país — que importa cerca de 90% de todos os seus alimentos básicos e remédios.

A ONU diz que 22 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária e 8 milhões estão à beira da fome no país.

O Iêmen já era o país mais pobre do mundo árabe antes do início do conflito.

Com a maior parte dos iemenitas não têm acesso a água potável e saneamento, mais de 1 milhão de casos suspeitos de cólera e mais de 2.230 óbitos foram relatados no Iêmen no ano passado, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Cerca de 380 casos de suspeita de difteria também foram relatados, causando pelo menos 38 mortes, quase todas em crianças.

O orçamento militar da Arábia Saudita em 2018 é de US$ 57 bilhões, cerca de 22% de seu PIB.

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