À beira de uma guerra nuclear
Durante o ano de 1968, o então presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, enfrentou apelos inflamados para que o país tomasse medidas drásticas contra a Coreia do Norte.
Foram apresentados vários planos, incluindo um relacionado com ataques nucleares. Em certo momento, os Estados Unidos levaram a situação à beira da guerra nuclear ao enviar seu porta-aviões nuclear USS Enterprise para às águas adjacentes da Coreia, enquanto ameaçava usar armas nucleares, a menos que Pyongyang enviasse o barco espião de volta.
No entanto, Johnson acabou por optar pela moderação, apostando nos esforços diplomáticos e nas conversações com Pyongyang.
Longo e conflituoso relacionamento entre os dois países
Assim, 1968 foi um ano particularmente ruim. Na época, as duas partes trocaram demandas fortes. Imediatamente após a captura do navio, a Marinha dos EUA insistiu que a Coreia do Norte devolvesse a tripulação, além de exigir uma indenização de acordo com o direito internacional.
EUA pedem desculpas
A Coreia do Norte estabeleceu que o USS Pueblo tinha estado operando em águas territoriais norte-coreanas, e não internacionais, exigindo as respectivas desculpas dos EUA. Finalmente, em dezembro de 1968, Washington pediu desculpas, coroando um ano de profunda vergonha diplomática.
De barco espião a peça de museu
No entanto, o dano já tinha sido provocado. A Coreia do Norte havia humilhado os Estados Unidos e tinha conseguido uma vitória propagandística.
Hoje aquele "saque" da Guerra Fria está localizado no rio Potong e faz parte de um museu da Guerra da Coreia.