Acordo nuclear do Irã permite que Teerã fabrique 'centenas de bombas', diz Netanyahu

O atual programa nuclear do Irã permitirá que Teerã continue a enriquecer urânio, e isso será o suficiente para a produção de "centenas de bombas" pelos próximos 10 anos, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta quinta-feira.
Sputnik

"O presente acordo é tão profundamente flutuante que garante que o Irã terá o que é necessário para fabricar armas nucleares, incluindo o enriquecimento de material nuclear. Isso é o que é problemático do acordo. Apenas lhes dá uma linha de tempo […] sob a qual eles poderão enriquecer o urânio por uma centena de duzentas bombas [em] talvez em oito ou dez anos", disse Netanyahu à margem do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos (Suíça).

No início de janeiro, Netanyahu convidou os países europeus para propor alterações ao acordo nuclear iraniano e levar a sério o aviso do presidente dos EUA, Donald Trump, de se retirar do acordo em caso de falha em corrigi-lo.

Em 12 de janeiro, o governo de Trump anunciou que renunciaria à sanções contra o Irã, como era exigido pelo Plano Conjunto de Ação (JCPOA), também conhecido como o acordo nuclear do Irã.

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No entanto, o líder dos EUA disse que seria a última vez que ele assina a renúncia a menos que o acordo seja modificado. Trump também anunciou sua intenção de endurecer as sanções anti-iranianas sobre os testes de mísseis balísticos de Teerã.

O primeiro-ministro israelense, um oponente vocal de longa data do acordo nuclear e do governo iraniano, elogiou repetidamente os esforços de Trump para desafiar o JCPOA. Netanyahu acredita que o acordo nuclear com o Irã oferece oportunidades para que Teerã adquira armas nucleares.

Em julho de 2015, a União Europeia, o Irã e o grupo de países P5 + 1 — Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha — assinaram o JCPOA. O acordo estipula um levantamento gradual das sanções impostas ao Irã em troca de Teerã manter a natureza pacífica do seu programa nuclear.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou a conformidade de Teerã com o acordo em nove relatórios.

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